dezembro 30, 2009
dezembro 28, 2009
dezembro 24, 2009
dezembro 21, 2009
Entretanto soou um telefone...
dezembro 20, 2009
dezembro 16, 2009
As ruínas não circulares
dezembro 13, 2009
dezembro 11, 2009
Momentos Ferrero Rocher: apetece-me algo
A propósito, o ex. ministro da agricultura, Jaime Silva, depois de um trabalho memorável à frente e atrás do ministério (e como aluno bem comportado), já foi absorvido pela cooperativa europeia das necessidades especiais: chefe de gabinete do comissário europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural. Número dois. Pelo mesmo caminho vai o inexcedível sr. Constâncio do banco de Portugal, exímio regulador de bacoradas e taxices (e tachices) mais ou menos incontroláveis, em trânsito para: putativo vice-presidente do BCE, candidatura apresentada pelo sr Eng. Entretanto, escrevem-se livros: jornalistas; ex polícias; gajos da bola; actrizes e actoras; seguranças; amigos do amigo; gajos com experiências…
Onde será que já vimos (e vivemos) este filme?
dezembro 10, 2009
Abancado como um anjo no barbeiro
(adenda: Este texto, curiosamente, desapareceu por momentos num desfalecer momentâneo do velhinho computador. Entretanto, saído do seu coma, presumivelmente por pouco tempo, ainda assiste mais um destes inúteis momentos, talvez o último, e exulta, com barulhinhos tremendos, ao lado dos seus irmãos mais novos, máquinas portáteis, em actualização. Gosto deste velhinho computador.)
dezembro 08, 2009
dezembro 06, 2009
dezembro 04, 2009
Pere Ubu se quiserem
para escutar com o volume alto...e já agora ver a merda do clip.........................................
dezembro 03, 2009
Da ignorância filosófica inefável
Sendo certo que, dá a ideia que o Sporting não está na sua casa doméstica.
Rui Santos, a comentar, mesmo agora, o Sporting-Heerenveen na SIC. Sendo que, nomeadamente, no sentido em que…
dezembro 02, 2009
dezembro 01, 2009
Papas de sarrabulho e rojões
Entrementes, tudo isto se passa por Lisboa e arredores. A norte, para que se saiba, é dia de papas.
novembro 30, 2009
Ir para fora cá dentro
novembro 27, 2009
Enquanto na blogosfera se discutem amiúde política e anonimato
novembro 24, 2009
Ler outros blogues
Um novo blogue, ao que tudo indica, ainda em período de instalação, com o sugestivo nome de Diário de Um Cão, cujo canino (presume-se que seja apenas um) residente tem uma pena de se lhe tirar o chapéu. Façam favor de entrar.
novembro 22, 2009
novembro 20, 2009
Fiquei de fora
novembro 17, 2009
Nem sei que diga
primeira apresentação mundial dos...
novembro 16, 2009
Um poema de um poeta às vezes lembrado
"Onde é que te nasceu" – dizia-me ela às vezes –
"O horror calado e triste às coisas sepulcrais?
"Porque é que não possuis a verve dos Franceses
"E aspiras em silêncio os frascos dos meus sais?
"Porque é que tens no olhar, moroso e persistente,
"As sombras dum jazigo e as fundas abstracções,
"E abrigas tanto fel no peito, que não sente
"O abalo feminil das minhas expansões?
"Há quem te julgue um velho. O teu sorriso é falso;
"Mas quando tentas rir parece então, meu bem,
"Que estão edificando um negro cadafalso
"E ou vai alguém morrer ou vão matar alguém!
"Eu vim – não sabes tu? – para gozar em Maio,
"No campo, a quieteação banhada de prazer!
"Não vês, ó descarado, as vestes com que saio,
"E os júbilos que Abril acaba de trazer?
"Não vês, como a campina é toda embalsamada
"E como nos alegra em cada nova flor?
"Então porque é que tens na fronte consternada
"Um não sei quê tocante e de enternecedor?
E eu só lhe respondia: - "Escuta-me. Conforme
"Tu vibras os cristais da boca musical,
"Vai-nos minando o tempo, o tempo - o cancro enorme
"Que te há-de corromper o corpo de vestal.
"E eu calmamente sei, na dor que me amortalha,
"Que a tua cabecinha ornada à Rabagas,
"A pouco e pouco há-de ir tornando-se grisalha
"E em breve ao quente sol e ao gás alvejará!
"E eu que daria um rei por cada teu suspiro,
"Eu que amo a mocidade e as modas fúteis vãs,
"Eu morro de pesar, talvez, porque prefiro
"O teu cabelo escuro às veneráveis cãs!"
"Ironias do desgosto", Cesário Verde, Lisboa, 1874.
novembro 15, 2009
É definitivo: passou a chamar-se sportingue
novembro 14, 2009
Sportingueee
Como diria (ainda hoje) um jornalista da TVI, “dá-me ideias”; a mim dá-me ideias que está tudo fodido no Sportingue. Spooortingueee!
novembro 13, 2009
É outra vez aquela coisa das “lavas do sobreconsciente”
novembro 11, 2009
Desencontros
novembro 09, 2009
novembro 07, 2009
Nós por cá ainda ficamos com o Bento da mercearia
novembro 06, 2009
Qual é a coisa qual é ela: arrogância num leito de imbecilidade?
Finalmente foi-se.É seguro que arranjará (se é que já não arranjou) um nenúfar propício às suas qualidades.
Estou a ficar farto: é o Público é o Sporting é o estado da tijoleira da cozinha
Ivone Rocha (advogada); Pedro Rosa Ferro (economista); José Assis (advogado). Eis o Espaço Público do jornal Público. A opinião, pois claro. Acresce um editorial sem erros ortográficos, correctíssimo, do ponto de vista da rectidão e do correcto, devidamente não assinado e lavrado por todos os silêncios que o acompanham. É claro que temos o resto do jornal, cada vez mais apagado e menos buscão. Temos a avançados ( e em idade avançada) o Vasco Pulido Valente, o (agora sóbrio) Esteves Cardoso, e (por enquanto) o Bartoon do Luís Afonso. Hoje aqui a carcaça inchou um euro e cinquenta pelo pasquim. Valha-nos alguma (cada vez mais rara) literatura no Ipsilon. Dava um conto para a liga de defesa dos leitores para que voltasse o Mil Folhas. O suplemento e o bolo.
novembro 05, 2009
A caminho
“Doutor Pasavento”, Enrique Vila-Matas, Teorema (pp. 59)
novembro 04, 2009
E eu que pensava que ele já tinha morrido
Morreu o Claude Lévi-Strauss, o tal que a tal pensava que era o gajo das calças. Tinha 100 anos, e esta terra já não o merecia. É desta, Tristes Trópicos. É desta.
Tendências
Adenda: (Case studies) sucatas case; freeport case; sobreiros case
novembro 02, 2009
novembro 01, 2009
António Sérgio (1950-2009)
outubro 30, 2009
As minhas cassetes 59: curtam-me o cabelo destes gajos
e curtam estes gajos a dançar no meio das gajas…e curtam a música e as gajas saídas de um sarcófago dos anos oitenta. Curtam o gajo de fato…curtam…o gajo a seu lado num tapete rolante...
Como os sonhos e os espelhos
outubro 29, 2009
outubro 27, 2009
Dias de árvore
outubro 26, 2009
dos dias a dias
Estás aqui comigo à sombra do sol
escrevo e oiço certos ruídos domésticos
e a luz chega-me humildemente pela janela
e dói-me um braço e sei que sou o pior aspecto do que sou
Estás aqui comigo e sou sumamente quotidiano
e tudo o que faço ou sinto como que me veste de um pijama
que uso para ser também isto este bicho
de hábitos manias segredos defeitos quase todos desfeitos
quando depois lá fora na vida profissional ou social só sou um nome e sabem
o que sei o
que faço ou então sou eu que julgo que o sabem
e sou amável selecciono cuidadosamente os gestos e escolho as palavras
e sei que afinal posso ser isso talvez porque aqui sentado dentro de casa sou
outra coisa
esta coisa que escreve e tem uma nódoa na camisa e só tem de exterior
a manifestação desta dor neste braço que afecta tudo o que faço
bem entendido o que faço com este braço
Estás aqui comigo e à volta são as paredes
e posso passar de sala para sala a pensar noutra coisa
e dizer aqui é a sala de estar aqui é o quarto aqui é a casa de banho
e no fundo escolher cada uma das divisões segundo o que tenho a fazer
Estás aqui comigo e sei que só sou este corpo castigado
passado nas pernas de sala em sala. Sou só estas salas estas paredes
esta profunda vergonha de o ser e não ser apenas a outra coisa
essa coisa que sou na estrada onde não estou à sombra do sol
Estás aqui e sinto-me absolutamente indefeso
diante dos dias. Que ninguém conheça este meu nome
este meu verdadeiro nome depois talvez encoberto noutro
nome embora no mesmo nome este nome
de terra de dor de paredes este nome doméstico
Afinal fui isto nada mais do que isto
as outras coisas que fiz fi-Ias para não ser isto ou dissimular isto
a que somente não chamo merda porque ao nascer me deram outro nome
que não merda
e em princípio o nome de cada coisa serve para distinguir uma coisa das
outras coisas
Estás aqui comigo e tenho pena acredita de ser só isto
pena até mesmo de dizer que sou só isto como se fosse também outra coisa
uma coisa para além disto que não isto
Estás aqui comigo deixa-te estar aqui comigo
é das tuas mãos que saem alguns destes ruídos domésticos
mas até nos teus gestos domésticos tu és mais que os teus gestos domésticos
tu és em cada gesto todos os teus gestos
e neste momento eu sei eu sinto ao certo o que significam certas palavras como
a palavra paz
Deixa-te estar aqui perdoa que o tempo te fique na face na forma de rugas
perdoa pagares tão alto preço por estar aqui
perdoa eu revelar que há muito pagas tão alto preço por estar aqui
prossegue nos gestos não pares procura permanecer sempre presente
deixa docemente desvanecerem-se um por um os dias
e eu saber que aqui estás de maneira a poder dizer
sou isto é certo mas sei que tu estás aqui
"Tu estás aqui", Ruy Belo, in "Toda a Terra"
outubro 24, 2009
outubro 23, 2009
E se perdêssemos tempo com outras coisas?
outubro 21, 2009
Gosto bestialmente deste gajo
“Nunca contem nada a ninguém. Se contam, acabam por ter saudades de toda a gente”
Gosto bestialmente deste gajo, o Holden, quer dizer, o Salinger. Gosto mesmo do Holden.
outubro 19, 2009
“E o que eu tenho de fazer é ficar à espera no centeio e apanhar todos os que desatarem a correr para o abismo”
Mas afinal como se chega ao Salinger, um gajo com nome de pistoleiro fatela? Chega-se à boleia do Enrique Vila-Matas, esse parasita literário que eu considero mais do que o meu gato. Na verdade, o gato não é bem meu, mas não interessa para o caso. Se eu escrevesse, isto é, se eu alguma vez abandonasse os graffitis no meu fato de treino Converse (de cor cinzenta), gostaria de escrevinhar como o gajo. Muito mais, muito mais mesmo, do que rabiscar como o Lobo Antunes nos seus cadernos de receitas do hospital Júlio de Matos. O Salinger ermitão é um gajo difícil de (lá) chegar. É um gajo americano, mas com o caralho de uma alma meio mexicana, ou coisa pior. É um bicho sem mato que o valha. O gajo é mesmo bom. Ou era. Quando o encontrei, por um acaso, não estava em Nova Yorque. Estava em casa (numa das trezentas em que já vivi) a aturar o meu vizinho louco barrido do 2ºandar, espécime rançoso a dar para o coleccionador de garrafas de plástico que juntava religiosamente na sacada entre latas de atum vazias, e, diz-se, tratados de economia política anacrónicos, forjados na pastelaria editora da rua. Era cruel. Mas eu nem sequer tinha pena do gajo, afinal até lhe achava graça enfiado no seu sobretudo nojento, ou (no verão) naquele fatinho de fino corte, igualmente nojento. Mas lá que estava presente quando eu cheguei ao J.D. Salinger lá isso estava.
Adenda: frase título retirada da obra "À Espera no Centeio", J.D. Salinger, Difel, 2005,pp.187.
Ah! Tinha-me olvidado: O cristianinho está a milhas disto
O Maradona não pisca nada de nada de transições, sejam elas quais forem, mas, pelo menos (pelo menos), não rumina artificialidades de cepa duvidosa como o professor Queirós. À parte disso (à parte disso), não esconde a costela pornográfica, o que não é assim tão pouco. Abram-se os armários. É abrir os armários…
outubro 18, 2009
outubro 17, 2009
outubro 11, 2009
outubro 09, 2009
Estava a pensar em literatura contemporânea mas não resisto ao registo boçal nem ao húmus
Roubar já não se chama roubar. Este homem que comanda uma frota da Baía a Tunis, é um financeiro e um poeta [Atente-se, por ex, no Paulo Teixeira Pinto, ex Millennium]. Faz a fome e a fartura. Arruína um povo – e enriquece. Uma revolução, dois, três navios vão pelos ares…Mais negócio, melhor negócio. Este médico, este advogado, este honrado comerciante, exploram-te. Enriquecem. Desçamos na escala: ali à esquina levam-te a carteira com uma nota de dez mil réis. A isto se chama roubar.
Sacado do “Húmus” (1917) de Raul Brandão que por vezes, não raras, assoma a bocas de esgoto armadas em picheleiros da mudança.
outubro 08, 2009
Olha ali na estante o prémio Nobel da literatura: Herta Müller
“Emudecemos e tornamo-nos desagradáveis, disse Edgar, falamos e tornamo-nos ridículos”
Entretanto, vou ali tentar colocar um calço na máquina de lavar que abana por todos os lados…
outubro 07, 2009
outubro 06, 2009
outubro 05, 2009
outubro 03, 2009
setembro 29, 2009
Já começou
ainda o sangue não chegou ao rio e as bandeirinhas já se desfraldam ao vento que passa. Extravagâncias se anunciam. No café Portugal e na padaria, pelo menos, já se desanuviou o ambiente...
setembro 27, 2009
setembro 26, 2009
setembro 25, 2009
setembro 22, 2009
Também me parece
À hora X, no café Portugal
À mesa Z, é sempre a mesma cena:
Uma toupeira ergue a mãozinha e acena…
Dois pica-paus querelam, muito entusiasmados:
Que a dita dura dura que não dura
A dita dita ditadura – dura desdita!
Um pássaro canta diz isto assim é pena
E um senhor avestruz engole ovos estrelados.
"Rua 1º de Dezembro", Mário Cesariny
setembro 21, 2009
As transições defensivas em campanha eleitoral
setembro 20, 2009
setembro 17, 2009
Vai ficar lindo à grande vitesse
setembro 15, 2009
setembro 12, 2009
setembro 11, 2009
Estudos na minha terra - parte II: o "nosso político"
Tomemos um exemplo: o eleitor que não quer votar com o governo. Ei-lo, aí, junto da urna da oposição, com o seu voto hostil na mão, inchado do seu direito. Se, para o obrigar a votar com o Governo o empurrarem às coronhadas e às cacetadas, o homem volta-se, puxa de uma pistola – e aí temos a guerra civil. Para que este brutalidade obsoleta? Não o espanquem, mas, pelo contrário, acompanhem-no ao café ou `taberna (…)paguem-lhe bebidas generosamente, perguntem-lhe pelo pequerruchos, metam-lhe uma placa de cinco tostões na mão e levem-no pelo braço, de cigarro na boca, trauteando o hino, até junto da urna do Governo, vaso do Poder , taça da Felicidade! Tal é a tradição humana, doce, civilizada, hábil, que faz com que se possa tiranizar um País, com o aplauso do cidadão e em nome da liberdade."
“O Conde d`Abranhos – Notas biográficas de Z. Zagalo –“ Eça de Queirós.
Obra apenas publicada postumamente (1925). Recorde-se que o autor morreu em Paris corria o ano de 1900.
setembro 05, 2009
O voto inútil
setembro 02, 2009
Estudos na minha terra - parte I: o povo vota no povo
Falta de iniciativa; espírito quase constante de hesitação, que não exclui alguns raros impulsos energéticos no começo, mas seguidos em breve de abandono da empresa começada (excitabilidade esgotável). – Incapacidade progressiva para o trabalho e sobretudo para o trabalho intelectual persistente, a que se liga muitas vezes a consciência de inaptidão (an instinctive consciousness of inadequacy before us, Beard). – Pusilanimidade na vida pública manifestando-se principalmente na incapacidade de ter opinião independente; ou ao contrário, afirmação exagerada de ideias revolucionárias, de que se está longe de conhecer os fundamentos. – Grande pressa em chegar às posições mais altas a que se pode aspirar; como que se receia (para empregar a frase vulgar) que o mundo fuja. – Predomínio dos sentimentos egoístas sobre os colectivistas; falta de espírito de generalidade. – Espírito excessivo de imitação (tipificado é a neurose de imitação, latah dos malaios ). Insânia moral frequente, manifestando-se em formas múltiplas. – Pessimismo, hipocondria e fatalismo social; o primeiro levando a nação a considerar-se como irremediavelmente perdida; o segundo fazendo-a considerar a sua sorte como dependente de condições fora da sua vontade. – Alternando com esse pessimismo e a desconfiança de todos e de tudo a que ele leva, confiança momentânea, que faz aceitar como salvador o primeiro charlatão ou a primeira nulidade que se impõe por quaisquer circunstâncias externas; sonhos absurdos de grandeza, que tornam mais dolorosa a triste realidade quando ela se impõe com a brutalidade dos factos (…)"
Francisco Adolfo Coelho, “Esboço de um programa para o estado Antropológico, Patológico e Demográfico do Povo Português (1890), in Adolfo Coelho, Obra Etnográfica;
Adenda: Estudos para o preâmbulo insano que nos acompanhará durante a carniça da campanha eleitoral até às urnas, sempre com o pensamento em mente - pleonasmo em gracejo do Alfredo – de que os governantes, e agora mais que nunca, emanam desse tal de povo.
agosto 31, 2009
agosto 28, 2009
Belíssimo Alfredo
agosto 26, 2009
O triunfo dos porcos
agosto 23, 2009
A matéria invisível
Acresce ainda que, finalmente, consegui livrar-me de uma das minhas (muitas) alergias (e reacções extemporâneas), esta última resultando em cerca de 325 borbulhas, dispostas, ora em camadas nas pernas, ora aleatoriamente nos braços e na barriga (soube por um espelho que também as carregava às costas). Parece que a coisa foi o resultado de 3 ou 4 dias de sol, colhido entre as 17h e as 19h, maioritariamente preenchidos na água. Odeio areia quente e odeio sol. Mas gosto de água. Gosto de água. Vai daí conclui-se, não vejo outra cena, que esta alergia, e temo que muitas outras, será causada pela denominada matéria invisível, uma cena que o Thomas Browne, segundo parece, já se debruçava…
Imagem: "Sunrise with Sea Monsters", John Mallord William Turner, (1775-1851)
agosto 22, 2009
Por aqui também não faltam candidatos a figurantes seja lá para o que for
«Eles lá têm tantas raparigas bonitas de que não precisam que lhes chamam figurantes e não as usam para nada que não seja darem coisas às pessoas e depois tirarem fotografias com elas. Tiraram-me uma fotografia com ela. Não. Eram duas. Eu no centro com uma de cada lado e eu com os braços à volta da cintura delas e a cintura delas não era maior do que uma moeda de cinco cêntimos.»
agosto 21, 2009
É provável que nos voltemos a encontrar
imagem: "A persistência da memória", Salvador Dali, 1931
agosto 17, 2009
Na Jamaica os Ferraris são assim
Este senhor, de nome Usain Bolt, correu os 100 metros em Berlim em 9.58 (nove segundos e cinquenta e oito centésimos! – assim mesmo, com o tal ponto de exclamação que alguns querem correr daqui para fora) e, no final, sem qualquer pejo, terá pedido para soprar ao balão. Note-se, note-se bem, que praticamente nenhum órgão (excluindo o meu fígado), seja de informação, seja de recreio imediato, salientou a façanha, preferindo os lamparinas e o futebol clube pinto da costa como vitrina para os nativos e emigras de fancaria lusitana que vestem a famosa camisolinha de alças, vulgo, sport. A excepção foi o meu pasquim Público, onde o sr. Fernandes rumina uns editoriais e deixa passar tudo que tenha boa figuração (desde que não seja contra o seu armário liberal maciço). Da volta a Portugal nadinha, que os lamparinas já não correm, enfarpelados de Ferraris, com canastro de caracóis. Ganhou o Nuno e ainda por cima português Ribeiro. Mais a mais, só Jamaica: