(29/05/2020)
maio 29, 2020
maio 28, 2020
Kaputt
Parte da sua história poderá ser, eventualmente, encontrada
aqui. Em pleno isolamento, através de um amigo, foi possível descobrir esta edição
de bolso da Europa-América disponível numa livraria de Braga: nova, mas com idade avançada. Entretanto, parece que temos na calha reedição (já não era sem tempo) com a chancela
da Cavalo de Ferro.
Até tu, Suécia?
Não estou a propor que percam dinheiro, mas é bem possível que lá cheguemos. Ser proprietário implica uma responsabilidade. Acaba agora mesmo de dizer que aqui é o capitalismo que prevalece. Os proprietários do SMP [jornal] querem lucros. Mas as regras são tais que é o mercado que decide se há lucros ou prejuízos. Segundo o seu raciocínio, quer que as regras do capitalismo sejam selectivamente válidas para os trabalhadores do SMP, mas que os accionistas, e o senhor, claro, não lhes estejam sujeitas.
maio 23, 2020
maio 19, 2020
maio 18, 2020
maio 15, 2020
Isolamento XXXI
A Oeste nada de novo, ou, a nova (velha) normalidade: o Novo (velho) Banco, a velhíssima história de sempre: as constantes injecções (qual a novidade?), ou aquela dos prémios, not so fast you greedy bastards, como se alguém objectasse o saque. A tradição ainda é o que era. Ainda se admiram com as bujardas dos golpes baixos. O patriotismo é fundamental para o bolso.
maio 13, 2020
Isolamento XXX
"O Enigma de Paris" não contém nenhum enigma a não ser o que me
terá levado à compra do livro. Mas até esse tem uma explicação: a entrada, obra
de um acaso, numa feira do livro (assim era denominada), numa das minhas
deambulações pelo interior, concretamente, em Figueira Castelo Rodrigo,
23-04-2019, um ano antes de A.C (antes da coisa). O nome do autor, embora não
estranho, soava a jogador de futebol argentino ou uruguaio, De Santis, Pablo de
Santis. A tradição da literatura argentina e a ausência de alternativas fizeram
o resto. Cumpriu-se assim a tradição, consumista, da compra de um livro em
quaisquer circunstâncias, especialmente numa feira do livro realizada no hall
de um pavilhão, sem público, e com uma senhora muito simpática a tricotar
pensamentos atrás de um balcão. Quanto ao resto, exceptuado sejam, algumas boas
tiradas, e o enquadramento de um velho mundo de detectives prestes a
desmoronar-se à sombra da Exposição Universal (onde já vimos isto?) e da
inauguração da Torre (poderes ocultos e sociedades remotas se digladiam), não
fica muito para deixarmos aos nossos descendentes. Entretanto, após a exposição
universal de Paris, apeteceu-me uma visita a uma outra exposição: a da estupidez
e crueldade humanas:
Entre uma e outra não medeiam muitos anos.
maio 12, 2020
maio 10, 2020
Isolamento (notas)
(aqui)
Da emergência à calamidade: O novo CEO do BPI
«promete manter o legado deixado pelos seus sucessores.» (daqui). Risinhos.
Entretanto, diz que o futebol (onde está a massa?) vai voltar. A sério?
Já agora, visite o Museu Virtual do Cartoon (Galeria Anti COVID-19). É à borla.
maio 09, 2020
Isolamento XXVIII
Calamidade: desgraça, catástrofe,
flagelo, adversidade, o mal? Computer
says yes. Rubem Fonseca says no.
Ele dizia que cada palavra vive por si própria. Não existiam sinónimos, isso era coisa
de gramático. A gramática actual, à falta de corrector ortográfico (esse fiasco
cognominado de acordo) vive na matemática, na estatística. Ninguém (por aí além) se questiona: aplicações no telemóvel, certificados de imunidade, câmaras
ocultas? Certamente. Praias com torniquetes, drones, raides aéreos? Se
necessário. Os velhos por casa, no asilo (existem palavras que se adequam) sine die, restringidos por zonas e
horários? É para o bem geral.
Rentes de Carvalho: Assusta-me
também a perspetiva de que este ambiente de medo veio para ficar, porque ajuda
eficazmente a manter o cidadão assustado, obediente, pronto a denunciar o
vizinho que não obedece. o vizinho que não
obedece.(…) Em matéria de
catástrofes, a minha imaginação tem tendência para disparar, mas em momento
nenhum me ocorreu que isto poderia acontecer, como ainda considero incrível o
pouco valor que os indivíduos dão à liberdade e o tremendo poder do medo. (Diário de Notícias – 09/05/2020)
maio 08, 2020
maio 07, 2020
maio 06, 2020
maio 05, 2020
maio 03, 2020
maio 01, 2020
Isolamento (XXVI)
Da emergência à calamidade:
melhorou?
Infecção financeira na economia
(assim, de ouvido): previsão, ou gosto pela roupagem vírica?
Dá-me a honra de uma dança? Uma
valsa com a língua portuguesa (para desenfastiar): o pregador não tinha dois dentes na frente e isso, para mim, lhe dava
alguma credibilidade. As pessoas sem
dentes me comoviam. Além do mais era pálido e parecia hospedar em seu corpo
todos os vermes conhecidos e desconhecidos da parasitologia tropical, escreve
Rubem Fonseca em “A Grande Arte”. A falta de dois dentes na frente, para
efeitos de credibilidade, recordou-me os Gato
Fedorento (antes da criminalização do piropo, mesmo com o uso de máscara): aos
2m:11s, por favor.
Henrique Raposo é um conservador
de direita, pertencente ao clube de fãs de Scruton, ao menos isso. Começo
sempre, se disponível, o Expresso
pelo fim. É uma questão de credibilidade, a entrada pelas traseiras. Ainda há
pouco lia: Não aceito que você seja tratado
como uma criança ou como um escravo. Se estas app que imitam as soluções chinesas
não são inconstitucionais, então não sei para que serve a Constituição. Ser livre
tem um preço. A liberdade tem um custo. Não podemos querer uma coisa e o seu
contrário, não podemos desejar uma liberdade ocidental nos tempos normais e um
Estado totalitário chinês quando os tempos apertam. Até porque estas app que
surgem no sulco aberto pelo arado da covid-19 são apenas a porta de entrada
para uma tentação possibilitada pela tecnologia. Começo a ter uma estranha
relação de proximidade com Raposo, potenciada pelas nossas diferenças.
E a língua portuguesa continua: no sulco aberto pelo arado da covid-19, ou
descarregado por um outro afluente, surge a inevitável (dizem-nos) questão:
qual a primeira coisa que quer fazer (quando voltarmos à normalidade)? Pergunta do
Expresso. Resposta de Adolfo Lúxuria
Canibal: Estou a dar-me muito bem com o
confinamento. É a realização do sonho pré-adolescente de um amor e uma cabana.
Já tenho saudades disto, pensando que um dia vai acabar. Foi a desculpa perfeita
para ser antissocial sem levantar suspeitas. Ainda há esperança.
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