maio 13, 2020

Isolamento XXX


"O Enigma de Paris" não contém nenhum enigma a não ser o que me terá levado à compra do livro. Mas até esse tem uma explicação: a entrada, obra de um acaso, numa feira do livro (assim era denominada), numa das minhas deambulações pelo interior, concretamente, em Figueira Castelo Rodrigo, 23-04-2019, um ano antes de A.C (antes da coisa). O nome do autor, embora não estranho, soava a jogador de futebol argentino ou uruguaio, De Santis, Pablo de Santis. A tradição da literatura argentina e a ausência de alternativas fizeram o resto. Cumpriu-se assim a tradição, consumista, da compra de um livro em quaisquer circunstâncias, especialmente numa feira do livro realizada no hall de um pavilhão, sem público, e com uma senhora muito simpática a tricotar pensamentos atrás de um balcão. Quanto ao resto, exceptuado sejam, algumas boas tiradas, e o enquadramento de um velho mundo de detectives prestes a desmoronar-se à sombra da Exposição Universal (onde já vimos isto?) e da inauguração da Torre (poderes ocultos e sociedades remotas se digladiam), não fica muito para deixarmos aos nossos descendentes. Entretanto, após a exposição universal de Paris, apeteceu-me uma visita a uma outra exposição: a da estupidez e crueldade humanas:


Entre uma e outra não medeiam muitos anos. 


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