agosto 31, 2015
agosto 30, 2015
Amanheceu assado
I lost myself on a cool damp night
Gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac treeI made wine from the lilac tree
Put my heart in its
recipe
It makes me see what I
want to see
and be what I want to
be
When I think more than
I want to think
Do things I never
should do
I drink much more that
I ought to drink
Because (it) brings me
back you...
Lilac wine is sweet
and heady, like my love
Lilac wine, I feel
unsteady, like my love
Listen to me... I
cannot see clearly
Isn't that she coming
to me nearly here?
Lilac wine is sweet
and heady where's my love?
Lilac wine, I feel
unsteady, where's my love?
Listen to me, why is
everything so hazy?
Isn't that she, or am
I just going crazy, dear?
Lilac Wine, I feel
unready for my love...
agosto 24, 2015
18
Onde o mundo real se converte em simples imagens, as simples imagens tornam-se seres reais, e motivações eficientes de um comportamento hipnótico. O espectáculo, como tendência para fazer ver por diferentes mediações especializadas o mundo que já não é directamente apreensível, encontra normalmente na vista o sentido humano privilegiado que noutras épocas foi o tacto; o sentido mais mais abstrato, e o mais mistificável, corresponde à abstração generalizada da sociedade actual. Mas o espectáculo não é identificável com o simples olhar, mesmo combinado com o ouvido. Ele é o que escapa à actividade dos homens, à reconsideração e correcção da sua obra. É o contrário do diálogo. Onde quer que haja representação independente, o espectáculo reconstitui-se.
("a sociedade do espectáculo", Guy Debord)
agosto 23, 2015
O nosso mundo é um parque temático
Banksy's Dismaland, para anarquistas principiantes e seus sucedâneos. Contém malta da Tugalândia que escreve teorias sobre o que a rodeia...
agosto 18, 2015
Sentimos tudo, só nós mesmos é que não sentimos
... e então o gado socializado dispôs-se em volta e começou a comer devagarinho, submetendo-se à disciplina de maneira organizada sem o cuidado do homem.
agosto 17, 2015
agosto 12, 2015
Nada mais do que isto
Estás aqui comigo à sombra do sol
escrevo e oiço certos ruídos domésticos
e a luz chega-me humildemente pela janela
e dói-me um braço e sei que sou o pior aspecto do que sou
Estás aqui comigo e sou sumamente quotidiano
e tudo o que faço ou sinto como que me veste de um pijama
que uso para ser também isto este bicho
de hábitos manias segredos defeitos quase todos desfeitos
quando depois lá fora na vida profissional ou social só sou
um nome e sabem
o que sei o
que faço ou então sou eu que julgo que o sabem
e sou amável selecciono cuidadosamente os gestos e escolho
as palavras
e sei que afinal posso ser isso talvez porque aqui sentado
dentro de casa sou
outra coisa
esta coisa que escreve e tem uma nódoa na camisa e só tem de
exterior
a manifestação desta dor neste braço que afecta tudo o que
faço
bem entendido o que faço com este braço
Estás aqui comigo e à volta são as paredes
e posso passar de sala para sala a pensar noutra coisa
e dizer aqui é a sala de estar aqui é o quarto aqui é a casa
de banho
e no fundo escolher cada uma das divisões segundo o que
tenho a fazer
Estás aqui comigo e sei que só sou este corpo castigado
passado nas pernas de sala em sala. Sou só estas salas estas
paredes
esta profunda vergonha de o ser e não ser apenas a outra
coisa
essa coisa que sou na estrada onde não estou à sombra do sol
Estás aqui e sinto-me absolutamente indefeso
diante dos dias. Que ninguém conheça este meu nome
este meu verdadeiro nome depois talvez encoberto noutro
nome embora no mesmo nome este nome
de terra de dor de paredes este nome doméstico
Afinal fui isto nada mais do que isto
as outras coisas que fiz fi-Ias para não ser isto ou
dissimular isto
a que somente não chamo merda porque ao nascer me deram
outro nome
que não merda
e em princípio o nome de cada coisa serve para distinguir
uma coisa das
outras coisas
Estás aqui comigo e tenho pena acredita de ser só isto
pena até mesmo de dizer que sou só isto como se fosse também
outra coisa
uma coisa para além disto que não isto
Estás aqui comigo deixa-te estar aqui comigo
é das tuas mãos que saem alguns destes ruídos domésticos
mas até nos teus gestos domésticos tu és mais que os teus
gestos domésticos
tu és em cada gesto todos os teus gestos
e neste momento eu sei eu sinto ao certo o que significam
certas palavras como
a palavra paz
Deixa-te estar aqui perdoa que o tempo te fique na face na
forma de rugas
perdoa pagares tão alto preço por estar aqui
perdoa eu revelar que há muito pagas tão alto preço por
estar aqui
prossegue nos gestos não pares procura permanecer sempre
presente
deixa docemente desvanecerem-se um por um os dias
e eu saber que aqui estás de maneira a poder dizer
sou isto é certo mas sei que tu estás aqui
"Tu estás aqui", Ruy Belo
agosto 10, 2015
agosto 09, 2015
agosto 04, 2015
agosto 02, 2015
Assinar:
Postagens (Atom)