![](https://64.media.tumblr.com/510d25180089a2ad9212e80eb5a50cd9/7d91b7c17caf2420-22/s500x750/e33bc2a1d99c00ef4627c5051f2ea960b7e8f3e6.jpg)
Na ignorância antiga, chamemos-lhe assim, os que eram ignorantes
queriam que os filhos deixassem de o ser. Havia a consciência da ignorância ser
má. Hoje há uma ignorância agressiva, falsamente igualitária e é uma das razões
porque cresce a pseudociência. Cresce a pseudociência, o desprezo pela
privacidade, pelas mediações, pelo jornalismo — analisar um facto não em bruto
mas mediado por um saber que lhe dá contexto. Estão contra a mediação do saber
académico. (...) Como se pode ser melhor preparado sem ler? Há gente que faz
cursos universitários sem ler. Dizem que lêem no computador. Uma treta. Ainda
estou à espera que alguém leia Guerra e Paz no computador ou num telemóvel. Há
muita complacência, muita cedência à ignorância e os resultados estão à vista.
O aumento de partos em casa com más condições, o mito do nascimento natural com
mortes, não tomar vacinas ou medicamentos, a substituição de tratamentos por
mezinhas, ir ao curandeiro em vez de ir ao médico.
(diz JPP aqui)