dezembro 10, 2009

Abancado como um anjo no barbeiro

Ainda hoje, enquanto me refugiava da revoada de pseudo informação que nos impingem pelos ecrãs (e não só) disponíveis por todos os lados; ainda hoje, à chuva, com os carros a bater chapas de água para cima de mim e, pouco depois, num centro comercial que me arrepiava a espinha, pese todo o calor artificial; sim, ainda há bocado, pensando num texto do Sebald e num outro do Vila Matas, e seguidamente, quando fazia que lia um jornal, sentado grotescamente num café com o tamanho de um ringue de futsal, e chovia (ainda) lá fora, simplesmente apeteceu-me…desaparecer.

(adenda: Este texto, curiosamente, desapareceu por momentos num desfalecer momentâneo do velhinho computador. Entretanto, saído do seu coma, presumivelmente por pouco tempo, ainda assiste mais um destes inúteis momentos, talvez o último, e exulta, com barulhinhos tremendos, ao lado dos seus irmãos mais novos, máquinas portáteis, em actualização. Gosto deste velhinho computador.)

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