A crise económica europeia (…) repercutiu-se em Portugal como possivelmente nenhuma até então, sendo agravada pelo ambiente de pessimismo e de profunda descrença nos governantes e nos modos de governar que permeabilizava as classes dirigentes. A depreciação da moeda, a falência de alguns bancos, o aumento da dívida pública, a contracção nos investimentos, tudo isto acentuado pela gravidade da boataria circulante, a agitação das ruas e a momentânea instabilidade governativa, implicaram um longo ciclo depressivo, que persistiu durante quase toda a década de… 1890.
A.H. Oliveira Marques, “Breve História de Portugal”
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