fevereiro 28, 2016

O triunfo dos porcos


Há muitas pessoas que o consideram apenas um parvo, a quem foi dado um incrível protagonismo, ou por razões comerciais, uma vez que a raridade da sua estupidez atrai imenso público, ou simplesmente por similar estupidez de quem o convidou a escrever, incentivando a sua falta de noção perante o disparate, dando livre circulação à sua despreocupada ignorância e olímpica burrice. (daqui, com a devida vénia).

I like the way you die, boy


Há uma certa tristeza nisto tudo, mas as coisas são como são, afirma Pereira, e é gajo para ter razão.

fevereiro 23, 2016

Albarda-se o burro à vontade do dono


De facto, não há nenhuma urgência no Reino Unido que possa justificar a medida excepcional agora tomada ou que se possa comparar, de perto ou de longe, à importância da crise das dívidas soberanas dos últimos sete anos e à destruição social e económica causada pelas políticas de austeridade. No entanto, a propósito da Grécia, que continua a viver uma situação de emergência social, ou de Portugal, a União Europeia não sentiu necessidade de considerar para estes países nenhum “new settlement within the EU” e forçou-os a adoptar políticas recessivas e de promoção da desigualdade sem quaisquer contemplações. (Lordes e servos)

Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca*


e o Eco já lá vivia há muito tempo, ora vejam:
(*escreveu um dia J.L. Borges)

fevereiro 20, 2016

O mercado de Serralves

(lixo)

Pensava que os exércitos de operárias e operários pobres e explorados que contribuíram para a acumulação primitiva do capital industrial têxtil que pagou a folia e o requinte de Serralves estavam finalmente justiçados com a abertura do jardim e do museu à res publica. Engano. O Estado e os tios e tias dos fundadores da fundação mais as suas empresas e piedosas obras de mecenato e outras manobras de distinção e tudo que lhes dá um verniz de arte contemporânea e de empenhamento social decidiram apoiar esta decisão inteligente e oportuna num tempo em que a entrada grátis ao domingo de manhã era mais que justificável. (ler tudo aqui)

Umberto Eco


Umberto Eco (1932-2016)

Devorei o "O Nome da Rosa" o "Pêndulo de Foucault" e "Baudolino", e li com muito prazer "O Cemitério de Praga" (destes apenas "Baudolino" não tem residência na estantina). Folheei e fui lendo "A Misteriosa chama da Rainha Loana" e a "Ilha do dia antes", ambos com residência oficial estantina, o mesmo valendo para o conjunto de ensaios editado com o título de "A definição da arte" e "Obra Aberta". O nosso obrigado. 

fevereiro 16, 2016

fevereiro 11, 2016

Ruínas: as nossas dores


(um dos antigos edifícios do extinto Sanatório Souza Martins
Sito junto ao Hospital da Guarda - Guarda, Janeiro 2016) 


(da série ruínas)

fevereiro 10, 2016

Levaram-me numa pipa para o repolho


Todos nós somos adeptos de Nietzsche: é que também o senhor é um adepto de Nietzsche; só que nunca o irá reconhecer; para nós adeptos de Nietzsche, a massa emocionada pelos instintos sociais (como diria o senhor) transforma-se num engenho executivo, em que todas as pessoas (mesmo as pessoas como o senhor) são um teclado, pelo qual os dedos do pianista (note: esta expressão é minha) voam livremente, ultrapassando todas as dificuldades. E todos somos assim.  

Canibalismo


é disso que trata o carnaval, não?

fevereiro 03, 2016

Homs, Síria: ano zero


Como diria o Medina Carreira do alto da sua a senilidade e bom senso: aquilo é uma vida completamente perturbada...

(via)

fevereiro 01, 2016

Os dias estéreis da determinação


Quando tudo acabou, o sonho de flutuar em direcção a estrelas que explodiam, e a carne regressou para sustentar os prosaicos canais do meu sangue, quando o quarto voltou a ser o que era, sórdido e sujo, o tecto nu e vazio de sentido, o mundo gasto e cansado, nada senti além da velha culpa, a sensação de delito e transgressão, o pecado da dissolução.