março 30, 2016
março 24, 2016
março 23, 2016
Minudências
(dementia)
No Brasil, já se pede em surdina uma
intervençãozinha dos militares. Num dos rodapés televisivos aludia-se a um
entra e sai militar, coisa pouca, sem cobrança. Como se diz na minha terra: és
bem filho do teu pai. Ora bem, cá no burgo, e não vai há muito tempo, também se
falava de uma suspensãozinha da democracia. A senhora em causa falava de
uns seis meses, para pôr tudo na ordem. Minudências. A memória vai encurtando tanto que deixará de
existir, de todo. O resto, como a história, já se sabe, constrói-se de feição.
março 22, 2016
Olho vivo
O facto de o estado
português estar a montar uma base de dados de onde os padrões de consumo e
estilo de vida podem ser facilmente retirados, viola tudo aquilo que a
civilização moderna entende como aceitável ao nível da centralização de
informação. É um enorme retrocesso civilizacional, embora sendo uma
interessante peça de tecnologia. ("Minority Report", daqui)
março 21, 2016
O valente soldado Chveik
Tenho a edição de bolso da "Europa-América" (é só olhar para a imagem acima), encontrada num
alfarrabista, em estado vegetativo mas como novo. A colecção de bolso da "Europa-América" foi, durante muitos anos, a
única porta de entrada para alguma da grande literatura que se fazia por esse
mundo fora. E é muito mundo. Pese às vezes as traduções, algumas vertidas da
versão francesa ou inglesa. Não me parece ser o caso desta. Existe uma edição mais
recente com a chancela "Edições Tinta da China",
produzida com um bem torneado gosto estético e encadernação vigorosa, mas cujo
preço nos levaria mais de um dia de trabalho a alcançar. Uma outra tradução foi
feita com a chancela da "Vega", mas
essa nunca tive a oportunidade de sentir ao vivo. Eu gosto bastante desse valente soldado Chveik, diz-nos o autor no
prefácio, acrescentando: Ele não seguiu o
exemplo do pateta do Eróstrato, que lançou fogo ao templo de Diana para ter o
nome nos jornais e nos livros de leitura de primeira classe. Na minha opinião,
isso já é muito bom!
Meu caro Jaloslav Hasek, não
sabemos em que escola primária andou o senhor, mas não terá sido em Portugal,
pois não? Na minha opinião, isso já é muito bom!
A tradição já não é o que era, senhor Duchamp
As minhas outras (modestas) contribuições na blogaria: esta, esta e esta. Já se sabe que ser sportinguista é meio caminho andado para um pacemaker. Passeando por aí, duas postas do Cão, esta e aquela da forma que aspira a um fim. Sem dúvida.
março 20, 2016
março 19, 2016
A alvorada do romance popular, ou romance-folhetim
Daqui para diante [primeira metade do séc.XIX], o romance passa a por em acção numerosos artifícios, que já deram lugar a um inventário e poderiam dar lugar a um sistema. Constitui uma combinatória de lugares-comuns articulados entre si segundo uma tradição que tem algo de ancestral, e de especifico(...). Passa a jogar com personagens prefabricadas, tanto mais aceitáveis e simpáticas quanto mais conhecidas, em qualquer dos casos virgens de qualquer penetração psicológica, como são as personagens das fábulas.
março 15, 2016
março 14, 2016
março 13, 2016
março 12, 2016
Nós acreditamos em vocês, quer dizer, foi isso que disseram antes de adormecer
Deixo aqui as minhas primeiras contribuições no blogue A Insustentável Leveza do Liedson: pre-match e A Insustentável Leveza do Jogo.Também vais cantar?
março 10, 2016
março 09, 2016
A insustentável leveza de...Liedson
Fui amavelmente convidado, aceitei com enorme prazer. Farei parte dessa grande equipa, com uma grande massa associativa, que dá pelo nome de A insustentável leveza de Liedson (também se pode ler Sporting). Apenas posso prometer muito trabalho, de resto já se sabe: prognósticos só no fim do jogo. Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, cada vez menos conformados.
março 07, 2016
março 06, 2016
Quando é para falhar, falhámos
(jogo)
Levamos muito a sério o falhar,
falhar muito, falhar melhor. Entramos no jogo a ver a banda passar. Do outro
lado, a banda passava como podia. O golo foi uma obra-prima do acaso (ou do
piço, como queiram), à imagem, aliás, do golo no jogo da taça. Sempre que
podemos ajudamos o acaso. A partir daí o Tondela acreditou que estava ali para
disputar o jogo, e nós acreditamos que vocês acreditavam que nós acreditávamos
que vocês iam virar o jogo. Ao intervalo a cerveja estava boa.
Na segunda parte o União da
Madeira fechou-se como pôde. As linhas de torres juntinhas, e pontapé com o pé
que estava mais à mão. Às vezes esse pontapé que estava mais à mão servia para
bater no adversário. Entretanto o Sporting
falhava golos, um, dois, três, com o Bryan a fazer-se a um papel num filme dos
Monty Python: a vida de Bryan. Ali perto, ficava um penálti por marcar, e o
Sanches revelava-se um dos expoentes máximos no ofício da tamancaria. Não
ficará certamente muito tempo no Tondela, à imagem daqueloutro craque que dá
pelo nome de Gonçalo Guedes.
O resto, já se sabe, cada vez
falhámos melhor.
março 04, 2016
País malparado
Mais uma contratação bombástica. A custo zero? Aguardamos a revelação das comissões envolvidas. Jorge Jesus era o nome mais falado, mas não podemos dizer que ficamos muito surpreendidos, pois não?
março 01, 2016
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