dezembro 31, 2013
dezembro 29, 2013
Post mortem (III)
O saco de batatas em causa já se
denominou eufemisticamente de: calças.
A história começou nos idos oitentas mas a sobremesa verdadeiramente chegou à
nossa mesa nos idos noventas. A criação, as visitas à feira, a selecção de
tecidos, a escolha do padrão, de tudo isso já fui culpado, já para não falar de
uma boa meia hora de propedêuticos à sexta e ao sábado, para que nada batesse
certo. Ainda não tinha lido Baudrillard e já ruminava simulacros por todo o
lado. A situação destas calças: tarimba. Sítio: aquele lugar recôndito algures
no nosso cérebro, perto de Barcelos, quase Coimbra. Ainda tentei vesti-las mais
uma vez na esperança de ser expulso do território para todo o sempre, mas
aquele lustre não é para todos. Cabe sempre mais um.
[Foto GP, modelo devidamente registado]
dezembro 28, 2013
dezembro 27, 2013
Post mortem (II)
O casaco da casa mais conhecido como
O Joy
Division, assim denominado porque sim, após um concerto dos Death in June. Situação:
fodida. Sítio, algures no centro de Barcelos cai uma cena, diz que através de
uma luz branca. Não acreditei. Entrei e fui fulminado. Mil novecentos e noventa
e nove. Será? Desaparecido em combate após várias batalhas nas trincheiras de
várias festas, passou por um longo período de recuperação que lhe conferiu uma
tez mais acinzentada, o que muito contribuiu para o seu mito, cujos seguidores
(em grande número) vivem dentro da cabeça de apenas um homem. Diz que
atormentado. Ainda teve préstimo para umas entrevistas. Obviamente sem
resultados. Que o diga...
[Foto GP]
[Foto GP]
dezembro 26, 2013
Post mortem (I)
Ano(s) troca o passo noventa. Situação: [sempre] indefinida.
Sítio: praia a norte (Minho). Modelo: original, talvez com laivos salva vidas, bolso
preto a reforçar a diferença. Uma criação Inútil no desenho, com execução técnica (entre outras) da avó. Concorrente directo: uns azuizinhos às riscas brancas, ou branquinhos com
riscas azuis, modelo barraca de praia, bolso totalmente azul (só podia ter sido
gamado ao Fredinho), e cujo paradeiro já levou vários caçadores de tesouros e reputadas agências internacionais de detectives à loucura. Convenhamos.
[foto GP, modelo devidamente registado]
[foto GP, modelo devidamente registado]
dezembro 24, 2013
dezembro 23, 2013
dezembro 21, 2013
dezembro 15, 2013
A Experiência pode ser educativa
A uma sugestão saída da pena de Barthelme
nas suas 40 histórias: podem consumir as
nossas drogas perigosas, sem dúvida, mas só para sobremesa – primeiro têm de
mastigar muito bem a couve-flor, comer as verduras todas(...)
responde assim o paroxista Baudrillard:
o avacalhamento ocidental, essa
felicidade alimentada a hormonas e a farinhas animais, esse êxtase indolente e
tecnológico, esse vírus interactivo que nós oferecemos [por exemplo] ao Leste
em troca da sua abertura ao espaço democrático, é pior ainda do que...
uma dor como quando alguém nos pica o traseiro com um alfinete, isto
é, uma tristeza que a longo prazo se revela pior, acrescenta Baldini, e diz mais,
diz que: se nos safássemos, havia sempre
alguém mais abaixo na cadeia que não conseguia. Essa pessoa gritava. Mais à
frente tínhamos de nos esforçar para colmatar o espaço no tapete rolante para
ela se sentir melhor, continua o Baldini, mas quem conta a história toda é o
Fante. Está tudo dito.
dezembro 14, 2013
dezembro 08, 2013
Prevejo mal-entendidos
Um tipo começa a ler o Fante e às tantas ele diz, que é
como quem diz, escreve, assim:
– O que é que escreves? Contos? Ou ficção
normal?
– As duas coisas. Sou ambidestro.
Isto no "Estrada para Los Angeles", lá para a página trinta e três.
dezembro 07, 2013
dezembro 06, 2013
dezembro 04, 2013
dezembro 03, 2013
Por falar em bica aberta
... que saudades do ETC, às segundas. De resto, era sempre (o velhinho) States...sem lincadela. Procurem.
Diz que é bica aberta
O índice de perceção da corrupção da organização Transparência Internacional diz que vamos no
bom caminho.
[mais um fino]
[mais um fino]
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