O saco de batatas em causa já se
denominou eufemisticamente de: calças.
A história começou nos idos oitentas mas a sobremesa verdadeiramente chegou à
nossa mesa nos idos noventas. A criação, as visitas à feira, a selecção de
tecidos, a escolha do padrão, de tudo isso já fui culpado, já para não falar de
uma boa meia hora de propedêuticos à sexta e ao sábado, para que nada batesse
certo. Ainda não tinha lido Baudrillard e já ruminava simulacros por todo o
lado. A situação destas calças: tarimba. Sítio: aquele lugar recôndito algures
no nosso cérebro, perto de Barcelos, quase Coimbra. Ainda tentei vesti-las mais
uma vez na esperança de ser expulso do território para todo o sempre, mas
aquele lustre não é para todos. Cabe sempre mais um.
[Foto GP, modelo devidamente registado]
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