A uma sugestão saída da pena de Barthelme
nas suas 40 histórias: podem consumir as
nossas drogas perigosas, sem dúvida, mas só para sobremesa – primeiro têm de
mastigar muito bem a couve-flor, comer as verduras todas(...)
responde assim o paroxista Baudrillard:
o avacalhamento ocidental, essa
felicidade alimentada a hormonas e a farinhas animais, esse êxtase indolente e
tecnológico, esse vírus interactivo que nós oferecemos [por exemplo] ao Leste
em troca da sua abertura ao espaço democrático, é pior ainda do que...
uma dor como quando alguém nos pica o traseiro com um alfinete, isto
é, uma tristeza que a longo prazo se revela pior, acrescenta Baldini, e diz mais,
diz que: se nos safássemos, havia sempre
alguém mais abaixo na cadeia que não conseguia. Essa pessoa gritava. Mais à
frente tínhamos de nos esforçar para colmatar o espaço no tapete rolante para
ela se sentir melhor, continua o Baldini, mas quem conta a história toda é o
Fante. Está tudo dito.
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