julho 22, 2013

Manda lembrança




Companheiros de luta Cavaco e Coelhortas, cá em baixo tudo bem. Fechamos a cave a sete chaves e dissemos que íamos de vacances. Não nos faltam postais para enviar. São liiindos e vintage tooodos os dias. Ninguém notará a diferença. Obrigados. 

[que postal]

julho 21, 2013

"- Mais um passinho para a frente e avancem que há lugar..." *


Já percebeste que é através dos interstícios vivos que nos vamos aproximando do número. Kant nunca me convenceu de que estávamos definitivamente limitados; enquanto ele afirmava isso, um tal de Jean-Paul (Richter, não te confundas) e um tal de Novalis dançavam já a um ritmo que o pedantismo não me impedirá de chamar-lhe cósmico, e obedeciam de tal forma ao revisor do autocarro que acabavam por sair pelas janelas, que é o que nós todos devíamos fazer.

“Diálogo com Maoris” (A volta ao dia em 80 Mundos). Julio Cortázar(*Um revisor de autocarro em Buenos Aires)

[fotoInútil]

julho 20, 2013

Momento Tomahawk



O senhor Patton continua em excelente forma. Ontem com os Tomahawk deu um grande concerto no super bock (passou em directo, para nosso deleite, na SIC Radical), com um público meio embasbacado e sempre à espreita de uma palhaçada para aparecer na TV, coisa fácil, diga-se de passagem… 

julho 12, 2013

Por falar em cus, parece que a moça sabe ler e decorou uma deixa (sempre a mesma, aliás)


Certo é que, se alguma vez tivesse pegado num qualquer dicionário teria ficado a saber a definição de carrasco: executor da pena de morte; algoz; homem cruel (fig.). Ou mulher. Vá lá, descontraia. 

[o cu da Simone, perdão, a Simone fotografada por Art Shay – 1952]

julho 11, 2013

Salvem a mobília (diz o gajo dentro do armário)


Os ratos e as montanhas não combinam. Estas, diz-se, lá vão parindo uns ratos, quando podem. O contrário não se conhece. Valha-nos para o caso a inexistência de montanhas, já quanto aos ratos a coisa pia mais fino, com a concorrência desproporcionada das ratazanas. Em rigor a ratazana pariu um rato: aparentemente. Mas com combinações genéticas que implicam mudanças e outras chafurdices no esgoto. Dá-se o caso que alguns dos roedores são ratos do campo, pequenos e de andar esguio, mais interessados nas pequenas sobras que vão encontrando junto aos caminhos. Estamos perante uma decisão salomónica ao contrário: não se divide em pedaços equitativos, cola-se com cuspe os fanecos…equitativamente. Salvem a mobília...

julho 10, 2013

A Volta ao Dia (e os detentores da camisola amarela dos últimos mundos)


(igualmente prémio da montanha)

(ok, esta está deslavada, mas na luta)

(doping)

O cu como uma das belas-artes


Ou como até os programas merdosos têm as suas frinchas de luz. Diz que a moça até tem uma banda cujo nome, The Girl in the Black Bikini nos remete para o armário popular: o cu deve dizer com as calças

julho 06, 2013

"Não vá acontecer que os pecados me encontrem"


Na rua acontecem coisas. Não falta quem nos escalavre com pedradas assim que nos vêem. Chovem pedras grandes e afiadas de todos os lados. E depois tem de se remendar o pijama e esperar muitos dias até que se remendem as rachaduras da cara ou dos joelhos. E aguentar outra vez com as mãos amarradas, porque senão elas correm a arrancar a crosta à ferida e volta a sair o jorro de sangue. E o sangue também tem bom sabor embora não se pareça com o sabor do leite da Felipa…Eu, por isso, para que não me apedrejem, vivo sempre metido na minha casa.

“Macario” (in O Llano em chamas). Juan Rulfo (cavalo de ferro)

julho 04, 2013

Don't stop the dance


Mais um encontro na dança das cadeirinhas.

Mama says: truth is all that matters
Lying and deceiving is a sin.
Drifting through a world that's torn and tattered;
Every thought I have don't mean a thing.
Don't stop
Don't' stop the dance.
Don't - mama says - don't stop the dance.

(Bryan Ferry, musicol aqui)

julho 03, 2013

Haverá sangue



[I drink your milkshake]

A panela de pressão que só cozia pensamentos agradáveis*


Diz que aqui vamos de vento em popa. É verdade. O vento, às vezes, também lhe dá para bufar à ré, sem sinal que nos valha, tanto dá, vamos à bolina como vamos a descascar as mágoas, o barquito é sólido como um nenúfar. E todos sabem que os elefantes aproveitam os nenúfares para atravessarem o rio antes de entrarem na loja de porcelanas. Sucede que ninguém sabe muito bem como havemos agora de chamar ao companheiro de luta: Será Coelherque ou será Coelhortas? Ao Coelhortas já lhe vai faltando uma metade. Não que faça diferença, mas gostamos de conhecer as coisas pelos nomes. Aqui na rua, pois vamos indo, os fantasmas da esquerda frente raramente aparecem, diz que não têm dinheiro para as correntes. Nós cá não sabemos para que raios precisam os fantasmas de dinheiro, e até por isso estávamos a pensar em formar uma associação em prol da fantasmização geral, convencidos que uma das coisas boas de ser fantasma era estes não precisarem de dinheiro para sobreviver, requisito prévio muito do nosso agrado, pois dinheiro é coisa que não se vê muito por estes lados. Na padaria também se vai levando junto ao plasma novo. O Tabuletas voltou da Suíça e não fala de outra coisa a não ser da vitória do Rui Costa na volta em bicicleta, parece que também lá (como cá) ninguém lhe arranjava emprego, mas a forma que tinham de não lhe dar emprego era muito mais civilizada que cá, os “tipos nem papéis mandam para o chão”, mas aqui também existem coisas boas, “sempre podemos lançar uns foguetes, mais não seja está a chegar a época das queimadas”. E mais não disse.  


(*título adaptado de uma cena do Montalbán)

julho 01, 2013

Muda aos cinco acaba aos dez



Ao intervalo sai Gaspar entra Albuquerque. Albuquerque tem pinta de jogador(a). Foi titular indiscutível na REFER (2001-2007), que capitaneava, aquando das contratações das swaps tóxicas. Vai daí foi contratada para jogar na IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública) organismo que define se as contratações das swaps são ou não tóxicas, antes de lhe reconhecerem o talento para secretária de estado do tesouro. A táctica não será inovadora. A acreditar nas arbitragens, a nova época promete mais do mesmo.   

Centésimo sétimo


O Sporting faz hoje cento e sete anos, para que conste. Aqui fica a nova camisola alternativa, ao estilo Viola (Fiorentina). Já marchava. Eu depois passo na feira de Barcelos.