já não se recordará do rasganço?
setembro 30, 2014
setembro 29, 2014
setembro 28, 2014
setembro 25, 2014
Grande aquisição (fora do mercado de transferências)
A respeito destas coisas, as Histórias continuam mudas.
Sempre quis fazer parte desta grande família que é a Estantina Inútil - afirmou um Schwob visivelmente emocionado. Já lá se encontrava, bem o sei, o "Coração Duplo" (Vol.1 e 2), mas não poderia nunca admitir um "Vidas Imaginárias" em formato digital (como é que se diz, em PDF?), ainda por cima, em espanhol - acrescentou Schwob, enquanto se arranjava na prateleira.
setembro 24, 2014
setembro 22, 2014
Que será de nós sem esses bárbaros?
Mas que esperamos nós aqui n'Ágora
reunidos?
É que os bárbaros hoje vão chegar!
Mas porque reina no Senado tanta
apatia?
Porque deixaram de fazer leis os
nossos senadores?
É que os bárbaros hoje vão chegar.
Que leis hão‑de
fazer os senadores?
Os bárbaros que vêm, que as façam
eles.
Mas porque tão cedo se ergueu hoje
o nosso imperador,
E se sentou na magna porta da
cidade à espera,
Oficial, no trono, co'a coroa na
cabeça?
É que os bárbaros hoje vão chegar.
O nosso imperador espera receber
O chefe. E certamente preparou
Um pergaminho para lhe dar, onde
Inscreveu vários títulos e nomes.
Porque é que os nossos dois bons
cônsules e os dois pretores
trouxeram hoje à rua as togas
vermelhas bordadas?
E porque passeiam com pulseiras
ricas de ametistas,
e porque trazem os anéis de
esmeraldas refulgentes,
por que razão empunham hoje bastões
preciosos
com tão finos ornatos de ouro e
prata cravejados?
É que os bárbaros hoje vão chegar.
E tais coisas os deixam deslumbrados.
Porque é que os grandes oradores
como é seu costume
Não vêm soltar os seus discursos,
mostrar o seu verbo?
É que os bárbaros hoje vão chegar
E aborrecem arengas, belas frases.
Porque de súbito se instala tal
inquietude
Tal comoção (Mas como os rostos
ficaram tão graves)
E num repente se esvaziam as ruas,
as praças,
E toda a gente volta a casa
pensativa?
Caiu a noite, os bárbaros não vêm.
E chegaram pessoas da fronteira
E disseram que bárbaros não há.
Agora que será de nós sem esses bárbaros?
Essa gente talvez fosse uma solução.
konstantinos
kavafis, "Esperando os bárbaros".
setembro 20, 2014
setembro 19, 2014
Um lugar para a imaginação
"Hace unos años, la BBC preguntó a
los niños británicos si preferían la televisión o la radio. Casi todos se
pronunciaron por la televisión, lo que fue algo así como comprobar que los
gatos maúllano que los muertos no respiran. Pero entre los poquitos niños que eligieron
la radio, hubo uno que explicó:
- Me gusta más la radio, porque por radio veo paisajes más lindos."
Eduardo Galeano ("Patas Arriba - La Escuella Dell Mundo All Revés")
setembro 14, 2014
setembro 12, 2014
Lembras-te querida?
I do get bored
I get bored, in the flat field.
I get bored
I do get bored, in the flat field
setembro 07, 2014
Press start to continue
Bem me parecia que o Bolaño queria dividir o 2666 em 2 – 6 – 6 – 6 (+1), isto é, em vários cadernos (livros), não apenas para assegurar o futuro da sua prole (a primeira edição do livro apenas foi lançada um ano após a sua morte), mas também porque o dito cujo tem mil e vinte cinco páginas, na edição portuguesa da Quetzal. Por aqueles dias Juan de Dios Martinez ainda continuava a ir para a cama de quinze em quinze dias com a Drª Elvira Campos (…) leio eu, que navego pela página quatrocentos e oitenta e cinco, e não me parece, até ver, um romance inconcluso, faltando(-me) ainda quinhentas e quarenta páginas para o final, nada leva a crer que Bolaño tivesse a necessidade de arrematar o livro, mesmo não tendo em conta a impossibilidade de este gigantesco fresco alguma vez ter um fim. Quer dizer,
se calhar (saído, ou não, da imaginação do Vila-Matas) também existirá um [O] Mal de Bolaño.
[janela]
setembro 06, 2014
setembro 04, 2014
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