Bem me parecia que o Bolaño queria dividir o 2666 em 2 – 6 – 6 – 6 (+1), isto é, em vários cadernos (livros), não apenas para assegurar o futuro da sua prole (a primeira edição do livro apenas foi lançada um ano após a sua morte), mas também porque o dito cujo tem mil e vinte cinco páginas, na edição portuguesa da Quetzal. Por aqueles dias Juan de Dios Martinez ainda continuava a ir para a cama de quinze em quinze dias com a Drª Elvira Campos (…) leio eu, que navego pela página quatrocentos e oitenta e cinco, e não me parece, até ver, um romance inconcluso, faltando(-me) ainda quinhentas e quarenta páginas para o final, nada leva a crer que Bolaño tivesse a necessidade de arrematar o livro, mesmo não tendo em conta a impossibilidade de este gigantesco fresco alguma vez ter um fim. Quer dizer,
se calhar (saído, ou não, da imaginação do Vila-Matas) também existirá um [O] Mal de Bolaño.
[janela]
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