dezembro 29, 2011
dezembro 28, 2011
dezembro 27, 2011
Perto de si
- Serve para manter no fio das preocupações os bons burgueses e convencer a todos de que são necessárias atitudes fortes. »
“ O Cemitério de Praga”, Umberto Eco (gradiva)
Tradução de Jorge Vaz de Carvalho
dezembro 24, 2011
dezembro 23, 2011
dezembro 22, 2011
No "suave odor arcaico dos molhes irlandeses"
“Nunca, como naquele momento, lhe tinham assentado melhor os versos do poema «Dublinesca», porque, por arte e magia das circunstâncias, o seu breve passeio nocturno até ao pub estava a transformá-lo na velha puta da gabardina do fim do mundo, quer dizer, na inesperada reencarnação do último fulgor da desgraçada literatura e, ao mesmo tempo, num pobre velho acabado e morto de frio que caminhava por ruelas de estuque, onde a luz era de peltre e por onde passava ele próprio, o último editor literário da história, convertido no seu próprio funeral vivo”.
“Dublinesca”, Enrique Vila- Matas
Tradução de Jorge Fallorca
dezembro 20, 2011
Vá você senhor primeiro-ministro
dezembro 19, 2011
Everyday is like sunday?
Um domingo pode ser todo um mundo: levantar-se enroscado na rosca e chá verde; limpar a casa [música altos berros], comer a sopa. Olhar lá para fora. Caminhar longe do centro comercial [comprar mantimentos]; sentir frio. Beber cerveja [Sporting]. Fazer um jantar delicadamente faustoso. Comer. Sentar-se ao lado disso tudo.
dezembro 11, 2011
dezembro 08, 2011
Para quem ainda acredita no pai natal
Os seus piores receios foram largamente ultrapassados pela realidade: estava lá tudo. Depois de muitas pressões e ameaças recebeu, talvez por desleixo, diretamente da Califórnia, um CD com toda as informações que a empresa mantinha: 1.200 páginas (quando impressas) de dados pessoais, divididos por 57 categorias, recolhidos ao longo dos três anos em que esteve na rede. Como o próprio recorda, nem a CIA ou o KGB alguma vez tiveram tanta informação sobre um cidadão comum".
Sacado daqui
Filme do dia (para a noite)
“Funny Games”, (1997), de Michael Haneke, com Susanne Lothar, Ulrich Mühe e Arno Frisch.
Recordei-me quase logo, ou se calhar durante o sono, de uma deixa do Padre Brown (in "O Segredo de Flambeau" de Chesterton), que havia lido de tarde: “Podemos achar que um crime é horrível porque jamais o poderíamos ter cometido. Eu julgo-o horrível por saber que poderia tê-lo cometido”.
dezembro 06, 2011
dezembro 05, 2011
Por acaso até era mesmo doutor
dezembro 04, 2011
Também andamos assim
“Lá fora, a tempestade chegara de uma assentada, como a noite em Coleridge, e tanto o jardim como o telhado de vidro se haviam escurecido com a chuva que caía. O Padre Brown parecia estudar mais o papel do que o cadáver; havia-o aproximado dos olhos; e parecia estar a tentar lê-lo à luz do crepúsculo. Depois ergueu-o contra a débil luz, e, enquanto o fazia, o relâmpago contemplou-os durante um instante tão branco que o papel pareceu preto em comparação.”
“A Forma Errada”, in “Os Melhores Contos do Padre Brown”, G.K. Chesterton .
Edição Assírio&Alvim – Tradução de Jorge Pereirinha Pires.
“Dublinesca”, Enrique Vila-Matas. Edição Teorema – Tradução de Jorge Fallorca