agosto 14, 2019

Um punk com ácido úrico


Tinha pensado neste título para um conto. Depois para um pequeno filme, na sua versão Um punk com gota - a doença dos reis. Ficou um punk com ácido úrico que é muito mais moderno, ou pós qualquer coisa, depois de eu ter percebido a ignorância dos mortais comuns nesta (e noutras) maleitas, embora suas conversas sobre elas versem, não raro. Depois de eu ter percebido a ignorância dos mortais comuns comecei a cair e a dormir pouco à noite (de dia não conta), isto pela glória de nada. Demorei a aqui chegar, àquele título também (o meu corpo que o diga), finalmente ficou como nome de um programa de rádio (de autor) que nunca existirá, como tudo que eu sonho, aliás, e muito bem; é assim que tem que ser para um filho de Nietzsche, mas apenas nas horas vagas. Não fiquem desapontados, pior que aquele cliché de velhos são os tratos, é aquele outro que dita em solfejo: a idade não perdoa. Não perdoa o caralho. Neste mundo até a morte é um lugar comum. 

A limpeza da casa dá-me para cada coisa



entre outras...

agosto 02, 2019

O que eu andei para aqui chegar


A "Marcha de Radetzky" levou-me pela mão até aqui:


Foi, talvez, a leitura de "A Lebre de Olhos de Âmbar" que me suscitou uma (ainda) maior curiosidade em ler "A Marcha de Radezky" de Joseph Roth. Eu andava de olho na marcha, ou seja, eu andava (e ando) sempre em cima do Roth (deixem passar, por favor), mas precisava de algo mais. Esse algo surgiu no texto de Edmund de Waal, e na sua demanda sobre os seus antepassados, levando-o a Viena, e a muitas leituras. Isto anda mesmo tudo ligado por fios microscópicos que nos levam, também eles, pela mão.