Diz Debord: “num mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento
do falso” e o espectador alienado é assim o produto ideal desta sociedade pois
“quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas
imagens dominantes da necessidade, menos compreende a sua própria existência e
o seu próprio desejo”.
Portugal pode não ser perfeito, mas não é nada mau. É, de longe, o país com mais pessoas portuguesas e mais coisas portuguesas. Para quem gosta de pessoas e coisas portuguesas, Portugal é o melhor sítio onde perseguir esses gostos.
(Miguel Esteves Cardoso, Público, 05-03-17 - edição comemorativa dos 27 anos do jornal)