Com uma rosa no fundo da cabeça, que maneira obscura
de morte.
março 25, 2015
março 24, 2015
março 22, 2015
Planeta Cure
Amanheceu assim: a janela a entrar pelo sol dentro, rosca quentinha, The Cure, antevisão de sopeirices. Redundâncias de domingo ao domingo, nem sempre assim é. It's just
your part in the play
for today.
março 21, 2015
Os itinerários do seu próprio mapa secreto
(edição de 1994)
Fora o resto, o caminho ia sempre
desembocar à biblioteca. Até que lá passei graciosamente dois anos. Num
qualquer desses dias deparei-me com o livrinho acima e com o nome de Enrique
Vila-Matas, o Vilamatinhas para o nosso amigo Cão. Foi vagueando nessa e
noutras bibliotecas que me fiz cada vez mais pequeno perante tamanho volume de
descobertas, sonhos e desventuras, entre outras páginas de vida e de morte.
Agora que finalmente junto à estantina esta nova velha (nos tempos que correm) edição
de Suícidios Exemplares, não posso
deixar de recordar o outro que fui,
que sou, cada vez mais pequenino. Até finalmente desaparecer.
(edição de 2013)
março 18, 2015
março 17, 2015
Made in Bukowski
waiting for death
like a cat
that will
jump on the
bed
I am so
very sorry for
my wife
she will
see this
stiff
white
body
shake it
once, then
maybe
again:
“Hank!”
Hank won´t
answer.
it´s not my
death that
worries me,
it´s my wife
left with
this
pile of
nothing.
I want to
let her
know
though
that all
the nights
sleeping
beside her
even the
useless
arguments
were things
ever
splendid
and the
hard
words
I ever
feared to
say
can now be
said:
I love
you.
Charles Bukowski, Confession
março 15, 2015
março 14, 2015
março 13, 2015
março 12, 2015
março 09, 2015
The Twilight Zone
Normalmente desenvolve o seu mister calado, ou assobiando para o lado que está mais à mão. Quando abre a boca, sai invariavelmente asneira. O rebanho, esse, tem o que merece...
março 08, 2015
março 06, 2015
março 03, 2015
março 02, 2015
Subsídios para uma história natural da destruição
A leitura disto recordou-me este livro:
O catalisador [do milagre económico alemão] foi uma dimensão puramente imaterial: uma torrente de energia psíquica que ainda hoje não secou e cuja nascente se encontra no segredo bem guardado dos cadáveres em que assentam as fundações do nosso Estado, um segredo que manteve os Alemães unidos a seguir à guerra e ainda hoje assim os mantém, mais estreitamente do que qualquer objectivo positivo, no sentido da realização da democracia, jamais logrou alcançar. Talvez seja oportuno não esquecer esse contexto, agora que o projecto da criação da grande Europa, que já falhou duas vezes, entrou numa nova fase e que a esfera de influência do Deutschmark - a história tem maneiras de se repetir - parece alargar-se precisamente até aos limites do território ocupado pel Wehrmacht no ano de 1941.
W.G.Sebald, "História Natural da Destruição" - volume que resulta da compilação (com alterações) de um conjunto de lições proferidas em Zurique corria o ano de... 1997. Visionário?
Hoje o que pesa não é (apenas) a ausência de memória (passe a amnésia congénita de alguma da ladroagem), não, grassa uma ignorância miudinha, viral, que tudo relativiza e nada conhece. São muitos os que dela padecem, mais do que as mães.
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