Cartoon; Darío Castillejos Lascares
janeiro 31, 2015
Obrigado por tudo (II)
Estamos cratos, obrigado por tudo (I)
Para começar, não há em Portugal uma ortografia estabelecida pelo uso
ou pela autoridade. Antes do acordo com o Brasil – um inqualificável gesto de
servilismo e de ganância –, já era tudo uma confusão. Hoje, mesmo nos jornais,
muita gente se sente obrigada a declarar que espécie de ortografia escolheu.
Pior ainda, as regras de pontuação e de sintaxe variam de tal maneira que se
tornaram largamente arbitrárias. Já para não falar na redundância e na
impropriedade da língua pública que por aí se usa, nas legendas da televisão,
que transformaram o português numa caricatura de si próprio; ou na importação
sistemática de anglicismos, derivados do “baixo” inglês da economia e de
Bruxelas (…)
Uma pessoa pasma como indivíduos com tão pouca educação e tão pouca
inteligência se atrevem a “avaliar” alguém.
(do Valente, pouco polido)
janeiro 30, 2015
janeiro 25, 2015
Diga coisas sr. Cossery
"M. M. - Escreve a propósito dos varredores que nessa noite estavam dispostos a tudo: tratava-se de não morrerem de fome.
A. C. - É certo! Apenas a fome desencadeia revoltas. Como quer fazer uma revolução, se tiver de assinar letras para comprar um carro?"
Michel Mitrani, "Conversas com Albert Cossery"
E agora a melhor banda do mundo e arredores
se o meu sangue não me engana, ainda havemos de ir a Manchester...
janeiro 23, 2015
janeiro 21, 2015
janeiro 18, 2015
janeiro 12, 2015
janeiro 11, 2015
A consolação da filosofia?
[Kant] considerava a vida em geral, e consequentemente essa particular afecção da vida a que chamamos doença, como um estado de oscilação e de perpétua mudança. E entre essa oscilação e os flutuantes sentimentos de esperança e de medo existia uma relação natural que os justificava perante a razão. A morte, pelo contrário, sendo um estado permanente, que não consente um mais ou um menos, que faz cessar a ansiedade e o desassossego que a incerteza nos provoca, essa ele não a via ajustada a outro estado de alma que não fosse o de uma paciente imutabilidade de carácter.
De Quincey, "Os últimos dias de Immanuel kant".
(De Quincey está também na estantina com as suas "Confissões de um opiómano Inglês", edição da Contexto, encontrando-se desaparecida em combate a lindíssima edição da Estampa "Do assassínio como uma das belas-artes".)
janeiro 08, 2015
Quanto Puderes
Se
não podes fazer da vida o que tu queres,
tenta
ao menos isto,
quanto
puderes:
não
a disperses em mundanas cortesias,
em
vã conversa, fúteis correrias.
Não
a tornes banal à força de exibida,
e
de mostrada muito em toda a parte
e
a muita gente,
no
vácuo dia-a-dia que é o deles
-
até que seja em ti uma visita incómoda.
Constantino Cavafy, ("Quanto Puderes" in 90 e Mais Quatro Poemas, tradução de Jorge de Sena)
janeiro 07, 2015
janeiro 03, 2015
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