Para começar, não há em Portugal uma ortografia estabelecida pelo uso
ou pela autoridade. Antes do acordo com o Brasil – um inqualificável gesto de
servilismo e de ganância –, já era tudo uma confusão. Hoje, mesmo nos jornais,
muita gente se sente obrigada a declarar que espécie de ortografia escolheu.
Pior ainda, as regras de pontuação e de sintaxe variam de tal maneira que se
tornaram largamente arbitrárias. Já para não falar na redundância e na
impropriedade da língua pública que por aí se usa, nas legendas da televisão,
que transformaram o português numa caricatura de si próprio; ou na importação
sistemática de anglicismos, derivados do “baixo” inglês da economia e de
Bruxelas (…)
Uma pessoa pasma como indivíduos com tão pouca educação e tão pouca
inteligência se atrevem a “avaliar” alguém. 
(do Valente, pouco polido)

 
 
 
 
 
 
![Todo o anjo é terrível [e inútil]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivB2RT9zXGYxO98QtwwIeD9BVq50oIcmvjPxm4excvozNB2t_pxRU7AuoK7v7EoD4377hxQPzUVwDcFDoqA0vmgXSfsVo-z-eqMIaNnkvYbEYQlCJhiUC3cmmbR9k0uIT8oRWdK1gxuIY/s220/Anjo.jpg) 
Nenhum comentário:
Postar um comentário