Para começar, não há em Portugal uma ortografia estabelecida pelo uso
ou pela autoridade. Antes do acordo com o Brasil – um inqualificável gesto de
servilismo e de ganância –, já era tudo uma confusão. Hoje, mesmo nos jornais,
muita gente se sente obrigada a declarar que espécie de ortografia escolheu.
Pior ainda, as regras de pontuação e de sintaxe variam de tal maneira que se
tornaram largamente arbitrárias. Já para não falar na redundância e na
impropriedade da língua pública que por aí se usa, nas legendas da televisão,
que transformaram o português numa caricatura de si próprio; ou na importação
sistemática de anglicismos, derivados do “baixo” inglês da economia e de
Bruxelas (…)
Uma pessoa pasma como indivíduos com tão pouca educação e tão pouca
inteligência se atrevem a “avaliar” alguém.
(do Valente, pouco polido)
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