fevereiro 28, 2015
fevereiro 25, 2015
Ctrl + pussy + delete
A propósito disto:
Ora bem, antes de mais deverei esforçar-me em definir literatura erótica, quais são os limites da aplicação deste termo genérico e o que ele consegue designar. Tão pretensioso intento não pode deixar de abortar logo que concebido: porque não saberíamos dizer a priori porquê tal obra literária é literária e porquê outra não o é; e tropeçaríamos logo à partida em monstros como a "Justine" de Sade ou "Os Cento e vinte dias de Sodoma", que não saberíamos classificar(...).
(...)
Enfim, diversas infelizes
Joana d'Arc, Santa Teresa, a Passionária e a duquesa de Windsor
Nasceram com a rata subdividida
Numa infinidade de pequenos buraquinhos.
Boris Vian, excertos de "Utilidade de uma literatura erótica" e "Durante o Congresso" (in "Escritos pornográficos")
Vamos necessitar de um novo armário para os esqueletos e respectivas prateleiras temáticas. Assunto arrumado. Quanto ao resto, procurem nos alfarrabistas.
fevereiro 23, 2015
fevereiro 20, 2015
Far from any road
Ok, é claro que se trata da música do genérico da (excelente) série "True Detective" que passa no MOV. Ok, o genérico (procurem) também ajuda. Mas este tema tem vida própria, não? São várias as formas de chegarmos à música. Afinal, qualquer rua serve.
fevereiro 18, 2015
Limpar a cabeça
Parece que este moços vão tocar no Porto no primavera qualquer coisa. Lá terá que ser. Entretanto, nada como limpar a cabeça a escutar as obras na vizinhança. Coisas da tijoleira. Uma mania cá no burgo que nos persegue inexoravelmente.
fevereiro 16, 2015
Mas é tudo malta desenrascada, não?
Por aqui, a modernidade, para não ofender os destinatários, precisa de
ser inócua e superficial: o telemóvel, a internet, coisas que não perturbem o
deserto intelectual e, claro, emocional em que a Pátria se habituou a viver. (Vasquinho)
fevereiro 14, 2015
O sono era o seu elemento natural
A investigação policial deu
origem a uma descoberta sensacional. Não a do assassino, que não tardou, mas
uma descoberta de outro interesse, profundamente humana. O vendedor de
hortaliça sucumbira, ao que parece, sob a pressão fortíssima de um penico em
terracota que lhe atirou à cabeça, da janela do seu pardieiro, Radwan Aly, o
homem mais pobre do mundo. A profunda humanidade do acontecimento residia no
seguinte: o penico era o único bem, o único móvel da sua casa, e não hesitara
em sacrificá-lo para salvaguardar o sono de toda a rua. Perante um tal sentido
de sacrifício, até os próprios polícias ficaram confundidos.
Albert Cossery, Os Homens Esquecidos de Deus
fevereiro 13, 2015
fevereiro 12, 2015
A alegoria da caverna
O que, nós gregos, podemos fazer pela Europa, é abrir uma pequena porta
para a verdade. Nós não podemos encontrar a verdade no nosso próprio país, mas
podemos abrir uma porta para que possam apoiar-nos. Desta forma, podemos sair
da escuridão da austeridade e passar para a luz de uma discussão europeia
racional e lógica. (Varoufakis)
Agora vou ali ver das investigações.
Entretanto, irei cuspir-vos nos túmulos
Isto mesmo no limite do fecho do mercado. Anda por aí uma versão da Relógio d'Água, bem entendido, mas não é a mesma coisa que esta primeira edição portuguesa, chancela da Europa América, livros de bolso, com uma capa fabulosa, descoberta num desses locais de clube do crime livresco. No pacote ficou por pouco mais de 4 buchas. Em ambas as edições a utilização do nome Vian, quando toda a gente sabe que saiu da pena de Vernon Sullivan Boris Vian. Já agora:
os livros são muito caros (...) mas as pessoas preocupam-se pouco em comprar boa literatura; elas querem ler o livro recomendado pelo clube, aquele de que se fala, e estão-se nas tintas para o que vem lá dentro.
Os nossos bem conhecidos moralistas hão-de censurar a certas páginas o seu algo excessivo...realismo. Isso se os moralistas da nossa praça soubessem ler, claro.
fevereiro 10, 2015
Novas regras de trânsito na união europeia
fevereiro 06, 2015
Music can save your life (mas é preciso carcanhol)
Motorama, Heavy Wave ("Poverty", 2015)
Motorama, Ghost ("Alps", 2010)
Cheguei aos Motorama através de Poverty, o seu mais recente álbum (Janeiro
2015). O som chegava lá do fundo, e tanto eu como o tipo que o havia provocado
demos uns passos em frente e sacámos: já ouviste esta merda?, os dois ao mesmo
tempo. Daí até chegar ao Alps (2010, reeditado em 2013) foi enquanto o diabo esfregava
um olho. Fica a faltar o Calendar (2012). Já agora, quanto custa o Poverty?, 14,99 buchas com desconto,
caso contrário, 17,90 bujardas. Depois admiram-se com as sacadelas.
fevereiro 04, 2015
fevereiro 01, 2015
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