A frase título é de Edward Fitzgerald (citado por Sebald), por acaso um sr. inglês que traduziu no séc. XIX as "Rubaiyat" do poeta persa Omar Khaiyam (1048-1131). Encontrei uma vez num alfarrabista de Coimbra as “Odes ao vinho” um estrato (pensei à época) do longo poema traduzido (provavelmente do francês e muito provavelmente pouco consoante com o original), e fui a correr para casa (enquanto lia em andamento o que não é fácil, pior só mesmo correr depois de beber muito absinto), onde me fechei, sem saber muito bem porquê, mas tenho essa tendência para “fechar”, lendo vorazmente as cerca de (acho) 30 páginas e à noite, ainda a correr, lá me emborrachei com o sr. Omar. Se fosse hoje, com esse nome, ia ser difícil. Acresce que o sr. Omar também foi matemático, filósofo, astrónomo e frequentador de cortes, para além de ter conhecido alguma malta da famosa seita dos “Assassinos”, mas isso é outra história. Podem igualmente encontrá-lo no romance histórico "Samarcanda" de Amin Maalouf. Já agora sobre os “Assassinos”, podem consultar “Os Assassinos” de Bernard Lewis e ler “Alamut” (a sua famosa fortaleza) de Vladimir Vartol um sr. Esloveno com nome de basquetebolista amador. A tradução das Rubaiyat até está na net, vejam só, aqui. Quase me esquecia, a música da caixinha é Scarlet Arch dos srs. "And Also The Trees" e o som, como podem verificar, é muito semelhante ao das minhas cassetes antigas, algumas aliás, mais velhinhas que o tema. Guardo-as com muito carinho, muito mesmo, até que a fita desfaleça e rompa, como tudo na vida…
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