outubro 07, 2008

A páginas tantas como diria um amigo...

Passeio nos dias a ler sem manual no sapato. A páginas tantas não acordo e releio (ou sonho) uma página do “Meridiano de Sangue” de Cormac McCarthy: 
O desenlace foi o habitual nestas histórias. Confusão e pragas e sangue. Continuaram a beber e o vento soprava nas ruas e as estrelas que haviam estado na cúpula do firmamento jaziam agora a oeste rente à terra e aqueles jovens desentenderam-se com outros e foram ditas palavras que nenhuma outra palavra podia emendar e ao alvorecer o rapaz e o segundo–cabo ajoelharam-se junto ao rapaz do Missouri que se chamava Earl e chamaram-no pelo nome mas ele nada lhes respondeu (…) Não há na taberna alegria comparável ao caminho que lá conduz (…).
Ao caminho, sem sebes e desertos, pode sempre comprar-se por UM euro este e outros desvarios literários. Traduções limpinhas (esta do Paulo Faria está fabulosa e é cortesia da Relógio de Água editores – o sr. até com o autor contactou). As duas obras anteriores também são aconselháveis, para dizer pouco: “ O Pêndulo de Foucault” é um livro fabuloso do Sr. Humberto Eco, com a chancela da Difel, e o anterior “ O amante” da Duras é, disseram-me (a mim a gaja sempre me pareceu uma rosca de padaria velha), para se ler. Espere, proximamente, pelos idiotas. Na revista “Sábado”, às quintas(?). Eu cá não compro a dita e passeio sem mágoa nos dias, entre sebes e outras livrarias.

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