(...)"ofensivo" é, frequentemente, apenas um sinónimo de "invulgar" - e uma grande obra de arte é, claro, sempre original e, portanto, pela sua própria natureza, constitui uma surpresa mais ou menos escandalizante.
"Lolita"Vladimir Nabokov
Este é um daqueles livros (não gosto de dizer obras) que se tornaram, aos poucos, entre os sabichões de mesa de café, uma aguarela sórdida de manuseamentos em segunda mão. Não leram. Ou então leram o resumo. Ou ouviram na televisão. A propósito desta última ( a televisão), entidade inefável já estereotipada na terceira pessoa como ente, sem ser (esta é uma homenagem a um amigo), também boqueja comparações ridículas entre casos na senhora da Hora e Lolita. Não leram, pois não Vladimir?
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