Não, não se trata de um filme porno, mas parece que ninguém
sabe ao certo até onde e quando deve ir a roçadora. Enquanto chove as costas
folgam. Esperemos que desta vez não se sacuda a água do capote. Entretanto, ficamos a saber de um resgate muito apropriado
para aconchegar as nossas consciências. A coisa, parece, teve honras de espaço
televisivo. Como não poderia deixar de ser. Lá fora, e nos nossos cafés ao balcão, não se fala de outra
coisa: a lista dos mais ricos do mundo, segundo a forbes. Parece que o número
de bilionários saltou 18% para 2.208 pessoas, contra 2.043 no ano passado. Duas
mil, duzentas e oito pessoas. O Pavilhão João Rocha sem casa cheia, ou uma boa
casa para o Belenenses num dia de sol. Somadas, as fortunas, dão para um gajo
arranjar um problema sério na hora de pagar a renda da casa, ou de dar uma
gorjeta. Todos os anos levamos com este festim de empreendedorismo jocoso. Talvez
porque, ao contrário dos cifrões, se tivéssemos que contar as pessoas do outro lado da balança, a cifra resultante tivesse que ser devidamente aconchegada por
mais uns quantos resgates caninos.
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