RIOT. Uma tecnologia, no caso um software, criada com propósitos militares pela
empresa Raytheon, à venda a quem quiser pagar por ela. O que oferece? Tudo
sobre si: horários, hábitos de trabalho, alimentares, viagens, família, relações
pessoais. Como? Com os dados que lhe dá de bandeja. Big Brother, olha para mim.
Em cada fotografia tirada com o seu smartphone, que regista hora, data,
latitude e longitude, em cada posta do seu Facebook, no cruzamento dos seus mil
amigos desconhecidos com os seus familiares e colegas de escola, nos emails
profissionais e pessoais, quando passa na portagem, em cada compra com o seu
cartão de crédito, e com os seus cartões de cliente, nas ruas pejadas de câmaras
onde passeia com os seus miúdos e o cão, está aberta uma porta que jamais
voltará a fechar-se: a da sua vida (…).
Eugénia de Vasconcellos, jornal Público, versão em papel (13-03-13)
2 comentários:
é o mico sofisticado:)o brother mico ou mico brother:)
"não a tornes banal à força de exibida" - a cena do Cavafy:))
eheheheh
brother mico:)
[cavafy: fabuloso esse poema]
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