«Rogron gostava da boa mesa e de ser servido por
raparigas bonitas. Pertencia à seita dos egoístas de comportamento brutal, dos
que se entregam aos seus vícios e fazem as suas necessidades com todo o
descaramento. Ávido, interesseiro, pouco delicado, obrigado a satisfazer as
suas fantasias, foi comendo os seus lucros até ao dia em que lhe faltaram os
dentes. A avareza manteve-se. Na velhice, vendeu a estalagem, ficou, como se
viu, com toda a herança do sogro, e retirou-se para a casinha da praça,
comprada por tuta e meia à viúva do tio Auffray, avó de Pierrette.»
“Pierrette”
(pp. 23), Honoré de Balzac. Tradução
de Pedro Tamen. Relógio D’Água.
[brasserie]
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