Ensombra-nos os dias, o tédio indolente e o queixume baço. Os refúgios, pasme-se, não permitem sequer o sonho, menos ainda a magia. Submisso e entrevado, o povo rejubila à porta de qualquer esmolinha. Nem precisa de entrar. Basta ficar a ver.
Ainda hoje, dia 24 de Março, um desmaio dos sentidos acorrentou-me, ainda que momentaneamente, à sombra da TV. Seriam 12h53m. Na RTP1 discutia-se um “drama em Aveiro”. Na SIC, umas senhoras acompanhadas de um rodapé fantástico enchiam o ecrã: “dominaram o ladrão, bateram-lhe e chamaram a policia”. Na TVI, a guarnecer um olhar consternado de ambos os apresentadores, o qual consiste essencialmente num franzir delicado da sobrancelha acompanhado de um ligeiríssimo esgar, contava-se a história do “filho da (vamos chamar-lhe assim) Florbela que morreu afogado num poço”. Tudo isto entalhado num cenário de milhares de cores berrantes.
E ainda não havíamos chegado ao Sr. Lucílio nem ao Doutor Honoris Causa, Sr. José.
Ainda hoje, dia 24 de Março, um desmaio dos sentidos acorrentou-me, ainda que momentaneamente, à sombra da TV. Seriam 12h53m. Na RTP1 discutia-se um “drama em Aveiro”. Na SIC, umas senhoras acompanhadas de um rodapé fantástico enchiam o ecrã: “dominaram o ladrão, bateram-lhe e chamaram a policia”. Na TVI, a guarnecer um olhar consternado de ambos os apresentadores, o qual consiste essencialmente num franzir delicado da sobrancelha acompanhado de um ligeiríssimo esgar, contava-se a história do “filho da (vamos chamar-lhe assim) Florbela que morreu afogado num poço”. Tudo isto entalhado num cenário de milhares de cores berrantes.
E ainda não havíamos chegado ao Sr. Lucílio nem ao Doutor Honoris Causa, Sr. José.
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