outubro 13, 2008

um processo inútil de chegar a Borges sem passar em Kafka

Antes de recomeçar a morrer, na verdade, um processo sobre o qual nunca se desliga a máquina, gostaria de reafirmar a inspiração, em todo o caso comovedora e por isso confrangedora, que alguns livros nos propiciam. Na verdade não será tanto a inspiração mas um retiro, uma caixinha do mundo em ponto realmente pequeno e voraz. Reconhecer isto e voltar, torna impossível não (o) rebater. Refrear será, à falta de jeito, reflectir. Um saco cama de tormentas. A acreditar no silêncio mais vazio da cerveja e na jura de entremeio, imagina-se uma paranóia de alguém “fazer um chapéu de um [nosso] rim”. Qualquer coisa assim se apanha no invólucro ranhoso da nossa RTP2. Seríamos muito piores se não remoêssemos na crosta da ferida. 

Um comentário:

Anônimo disse...

fantásticos os dois últimos textos, daquilo que já me parece ser um diário ficciondo.
Conheço Borges e kafka mas nunca li Vila Matas. Vai ser agora...
E originais teus?