Parece que os deuses se remetem ao silêncio na pastoral portuguesa. Braga, bem perto de Babilónia, assinala os seus dias com sombreados esquecidos na imobilidade das janelas. Dos meus vizinhos, assinale-se a ventura da frincha, com cortinados domesticados no melhor tecido. Assoma-se o olhar entre essas nuvens de pasmo que dormitam na reclusão do véu. Um ventre de clausura comunicando na devassa solidificada da tenda. Por vezes, sem desdém, atribuo esses hematomas oblíquos das casas, ao sinal da cruz, neste vale insano de água benta. À falta de melhor, trespasso os dias com sonhos de desvario, ainda assim, desaguando sempre na brancura da padaria: “O que vai ser, três de água?”.
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2 comentários:
fantástico...e de braga?...ainda não sei bem...
grnede cena de escrita..
és bué louco e as vezes não te entendo.
mas gosto.. na boa
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