(...) Filipe II cometeu, se me permitirem uma opinião pessoal e intransferível, um dos maiores erros históricos deste bordel secular onde sobrevivemos: em vez de levar a capital para Lisboa - antiga e senhorial - e se dedicar a cantar fados a olhar para o Atlântico e para as possessões da América, que eram o esplêndido futuro (calculem o que foi juntar o império espanhol e português numa mesma monarquia), o nosso timorato monarca entrincheirou-se no centro da península, no seu mosteiro-residência do Escorial, a gastar o dinheiro que vinha das possessões ultramarinas luso-espanholas(...)
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