(27/07/2020)
As obras continuam. Rodeiam-nos.
O barulho e a poeira desconfinam. Recentemente – as boas práticas do
planeamento dão nisto – teve de ser derrubado parte do muro que rodeava a superfície
comercial de fast-food. Sucede que esse muro havia sido construído no início da
obra. Por distração, digamos assim, parece que estava mal localizado. Talvez um
pouco à frente do previsto, talvez faltasse um passeio que o ladeasse (isto é
tudo sussurrado por aí), talvez pela luta do Braga pelo terceiro lugar, não o saberemos
nunca, o muro teve de ser derrubado, acompanhado por uma fuga de gás, bombeiros
aparecerem no local, trânsito cortado, ora condicionado. Construção de um novo
muro, entre risos dos transeuntes. Mais poeira. Mais barulho. A juntar ao
restante. Trânsito condicionado. Calor. Não sei se leram “O Estrangeiro” de
Camus? O melhor é não lerem então. Não vá o diabo tecê-las.
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