Sentia-me bem, estava novamente em casa. Perdêramos tudo: posição, nome e posto, habitação, dinheiro e valores, passado, presente e futuro. Todas as manhãs ao acordar, e todas as noites ao deitar, amaldiçoávamos a morte, que nos convidara, em vão, para o seu sumptuoso festim. E cada um de nós invejava os que tinham caído, pois descansavam debaixo da terra e dos seus restos mortais nasceriam violetas na Primavera seguinte, enquanto nós tínhamos voltado a casa incuravelmente desesperados, estéreis, tolhidos - uma geração destinada à morte, mas por ela repudiada. O veredicto do seu conselho de admissão era irrevogável e final: "Incapaz para a morte.".
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