Ainda recentemente andávamos
todos em cortejo com a missão de salvar o mundo: as alterações climáticas, o
clima, os incêndios, devidamente explicados em fascículos televisivos,
comentadores especialistas, a Greta que nos guiava pela mão. O mundo foi salvo in extremis enquanto o diabo comia um sushi num centro comercial de
Braga, que isto é um mundo global. Pouco depois, o mundo, coitado, era açoitado por uma hipotética
guerra entre o Irão e os EUA, e mais alguns parceiros de um lado e do outro, que
aqui não existe homofobia que nos valha. Como se aquela zona do mundo e
arredores não andasse sempre em bolandas. As televisões e as redes sociais
ocorreram em força, e mais uma vez o mundo foi salvo in extremis. Bastaria dar um salto a este documentário (passou
recentemente no National Geographic) para
percebermos como aquele lado do mundo se entretém enquanto nós os salvamos. Cansados
de salvamentos, com os dedos e os olhos esfalfados de tanto mirar os ecrãs, chega-nos
por fim um alerta pandémico com nome de cerveja mexicana. Ocorremos em massa,
não se sabe bem para onde. As máscaras já esgotaram e não eram do Joker. O
Joker já passou à história. E assim acontece.
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2 comentários:
Já dizia a Florbela, conheço maus, egoístas, estúpidos, velhacos, desgraçados, indiferentes, mas santos não os conheço, e creio bem que não é espécie oriunda desta terra.
Sinto o mesmo, mas não é preciso espancar...
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