Não há rigorosamente nada de novo a dizer. Já tudo foi estudado,
explicado e escrito na última década e meia. Houve comissões para todos os
gostos e feitios. E foi feito muito trabalho sério. Faltou tudo o resto. Faltou
pôr a tratar de incêndios florestais quem percebe de floresta. Faltou integrar
prevenção e combate. Faltou ordenamento. Faltou pensar no longo prazo. E
adiou-se o mesmo de sempre: fazer da floresta uma prioridade, fazer de um terço
do território nacional uma prioridade.
Houve, ninguém nega, uma conjugação extraordinária de factores
adversos, como já tinha acontecido em 2003: ao ar seco e temperaturas altas
juntaram-se as trovoadas secas e o vento forte numa tragédia de dimensões
inéditas no país que provocou pelo menos 61 mortos e 62 feridos, alguns em
estado grave, no concelho de Pedrógão Grande.
(daqui)
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