Ai, que saudades do futuro: cidades verdes, inteligentes, sustentáveis, resilientes (tinha que ser). As ideias pairam por perto, não fossem estas (ainda) à borla. Não o sendo, seria necessário relembrar o estado actual das nossas cidades: centros despovoados, ainda que turísticos, cada vez mais inacessíveis aos nativos, cada vez mais gentrificados em pseudo guetos gourmet (entre outras mostras de canonização do efémero). Enquanto isso, ruínas velhas e ruínas novissímas (esqueletos de edifícios nados-mortos) polvilham o espaço público urbano, supurando o pus da nossa indiferença, em viagem para o aconchego do centro comercial. Quem sabe onde eclodirá o próximo abcesso? Até lá, toca a desconstruir.
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