Diz que aqui vamos de vento em
popa. É verdade. O vento, às vezes, também lhe dá para bufar à ré, sem sinal
que nos valha, tanto dá, vamos à bolina como vamos a descascar as mágoas, o
barquito é sólido como um nenúfar. E todos sabem que os elefantes aproveitam os
nenúfares para atravessarem o rio antes de entrarem na loja de porcelanas. Sucede
que ninguém sabe muito bem como havemos agora de chamar ao companheiro de luta:
Será Coelherque ou será Coelhortas? Ao Coelhortas já lhe vai faltando uma
metade. Não que faça diferença, mas gostamos de conhecer as coisas pelos nomes. Aqui na rua, pois vamos indo, os
fantasmas da esquerda frente raramente aparecem, diz que não têm dinheiro para
as correntes. Nós cá não sabemos para que raios precisam os fantasmas de
dinheiro, e até por isso estávamos a pensar em formar uma associação em prol da
fantasmização geral, convencidos que uma das coisas boas de ser fantasma era estes não precisarem de dinheiro para sobreviver, requisito prévio muito do nosso
agrado, pois dinheiro é coisa que não se vê muito por estes lados. Na padaria também se vai levando
junto ao plasma novo. O Tabuletas voltou da Suíça e não fala de outra coisa a
não ser da vitória do Rui Costa na volta em bicicleta, parece que também lá
(como cá) ninguém lhe arranjava emprego, mas a forma que tinham de não lhe dar
emprego era muito mais civilizada que cá, os “tipos nem papéis mandam para o
chão”, mas aqui também existem coisas
boas, “sempre podemos lançar uns foguetes, mais não seja está a chegar a época
das queimadas”. E mais não disse.
[land?]
(*título adaptado de uma cena do Montalbán)
2 comentários:
haverá sangue (para uns) e cabidela (para outros) eheheheheheheh
ahahahah
abram Portas à cabidela:)
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