«Encontrarás lá o meu querer. O lugar que eu
amei. Onde os sonhos me enfraqueceram. A minha aldeia, erguida sobre a
planície. Cheia de árvores e de folhas, como um mealheiro onde guardamos as
nossas recordações. Sentirás que, lá, uma pessoa gostaria de viver para sempre.
O amanhecer; a manhã, o meio-dia e a noite, sempre os mesmos; mas com a
diferença do ar. Lá, onde o ar muda a cor das coisas; onde a vida corre como se
fosse um murmúrio; como se fosse puro murmúrio da vida…»
“Pedro Páramo”, Juan Rulfo. Cavalo de Ferro.
[deve ser do ar]
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