março 10, 2013

Também é frequente deliberarmos que naquele (outro) tempo é que era


(…) uma altura em que muitos europeus acreditavam que existia qualquer formula infalível para a realização de um multicentenário sonho de total e feliz desenvolvimento individual na liberdade e no progresso, e em que o século XIX expôs perante os olhos de milhões a sua prosperidade multifacetada e ilusória e criou a sua miragem de conforto, segurança e felicidade para cada um e para todos, e tudo a preços acessíveis e a crédito.

“A ponte sobre o Drina” (pp. 202), Ivo Andrić. Tradução de Lúcia e Dejan Stanković. Cavalo de Ferro.


Pretender que um grupo de indivíduos, mesmo os mais inteligentes e os mais bem-intencionados, sejam capazes de se tornar a ideia, a alma, a vontade dirigente e unificadora do movimento revolucionário e da organização económica do proletariado de todos os países, é uma tal heresia contra o senso comum e contra a experiência histórica que nos perguntamos, com espanto, como é que um homem tão inteligente como Marx pode tê-lo concebido.

Bakunine, (“Oeuvres” - 1872) In “História do Anarquismo” (pp.255), Jean Préposiet. Tradução de Pedro Elói Duarte. Edições 70.

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