março 20, 2013

E o que sobeja*, sr. Azevedo, é que o resultado de toda a produção caminha em sentido contrário (o seu sentido)



O trabalhador aceita sob o eufemismo do contrato livre o que não passa de obrigações feudais, porque em parte alguma encontra melhores condições. Como tudo se tornou propriedade de um senhor, ele tem de ceder ou morrer de fome!
A empresa não se preocupa com as necessidades da sociedade; o seu único fim é aumentar os lucros do empresário. Daí as flutuações contínuas da indústria, as crises no estado crónico, – cada uma delas deitando para a rua centenas de milhares de trabalhadores.

“A conquista do pão” – La conquête du pain (pp.28), Kropotkine. Tradução de Manuel Ribeiro. Guimarães editores. 
(A edição original data de 1888. A primeira edição portuguesa é de 1910.)

[*ligação à posta anterior]

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