«Tornei a partir. Mas as horas? As horas? Quem me
diria as horas? Nenhum relógio batia nos campanários ou nos monumentos. Pensei:
“Vou abrir o vidro do meu relógio e tactear o ponteiro com os dedos.” Peguei no
relógio…já não trabalhava…estava parado. Nada, nada, nem um arrepio na cidade,
nem uma luz, nem um resquício de som no ar. Nada, mesmo nada, nem sequer o
rodar longínquo do fiacre, – absolutamente
nada!
Encontrava-me no cais, e uma frescura glacial subia o
ribeiro.
O Sena continuava a correr?»
“ A Noite, Pesadelo” (pp. 199), in Contos do Insólito, Guy de Maupassant. Tradução de João Costa. Ulisseia.
medo
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