Como eu. Sentadinhos no sofá, ou vá, no parapeito da janela, e por vezes deitadinhos na cama, rosnam(os) solitariamente e, não raro, em pensamento, as disfuncionalidades do país. Os primeiros-ministros embusteiros e semianalfabetos, os ministros acéfalos e intrujões, os amiguinhos de uns e outros nos casulos apropriados e proporcionais aos seus ditosos (supostos) conhecimentos e práticas experienciais. A personificação diária do hematoma concorrencial exclusivamente estribado no olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faço, cujo único deleite ideológico radica no enlevo do carcanhol a amparar a carteirinha, o bolso, o saco, a maleta, o cofre, a caixa forte. É isso a sua economia: a capacidade para obter desempenhos poderosos radicados, não raro, numa economia de esforços (que faz com trabalhem em empresas de amigos e acabem um curso apenas para se legitimarem - mais vale tarde que nunca), na gestão de conhecimentos, na contabilidade de apoios e na distribuição de mais-valias. Economia limpinha. Tudo o resto é acréscimo técnico/táctico e semântica paralítica. Não basta por isso dizer basta.
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