"Amava o deserto, os hortos queimados, as lojas decadentes, as bebidas amornadas. Arrastava-me pelas ruelas fétidas e, de olhos fechados, oferecia-me ao sol, deus de fogo.
«General, se ainda tens um velho canhão nas muralhas da tua fortaleza em ruínas, bombardeia-nos com torrões de terra. Aos vidros dos estabelecimentos sumptuosos! nos salões! Obriga a cidade a comer essa poeira. Oxida as gárgulas. Enche os toucadores de pó de rubi ardente...»
Oh! o mosquito ébrio no urinol do albergue, apaixonado pela borragem, e que dispersa um raio de luz!"
Arthur Rimbaud, in "Uma temporada no Inferno" (Ulmeiro, Tradução de Margarida Gil Moreira)
fevereiro 10, 2012
Amanheceu e depois o anjo abancou
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