“Se eu fosse de férias à Grécia, pensava comigo, iria a Estágira inclinar-me perante a memória de Aristóteles, que ali nasceu, se eu fosse à Grécia, então, certamente, nem que fosse de ceroulas com atacadores junto dos tornozelos, correria a volta de honra, em memória de todos os vencedores de todos os Jogos Olímpicos, se eu fosse à Grécia…Se eu fosse à Grécia com aquela brigada socialista de trabalho, far-lhes-ia uma conferência sobre todos os suicidas, sobre Demóstenes, sobre Platão, sobre Sócrates (…) Mas já começou uma nova época, um mundo novo, os jovens pensam noutras coisas, talvez já tudo seja bem diferente neste mundo.”
“Uma Solidão Demasiado Ruidosa” (pp. 85/86), Bohumil Hrabal, Edição Afrontamento.Tradução de Ludmila Dismánova e Mário Gomes
3 comentários:
Este livrinho é um livrão.
É um livrãozinho…
Distinto (muito) mas cheio de livros dentro, olhe-me este: “O último leitor”, de Ricardo Piglia. É quase livrinho e com a letra grande (para render), da saudosa Teorema…
Eu tenho esse do Piglia, mas ainda não li. Estive com ele na mão, mas a escolha recaiu no Orwell.
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