fevereiro 21, 2010

Consta que é domingo...

À hora inquieta do “Coiote” na Antena 3, já carrego duas marrecas de dia às costas, para dizer pouco, e ainda sem adro à vista lanço um último olhar às estrelas pequeninas que se regozijam no meu pedaço de céu. Uma carne estufada com vaca a tiracolo engraça entretanto com um ovo estrelado, mais salada e vinho tinto californiano, confluência sinistra que desagua invariavelmente num leito de whisky a dar para o pensamento. Atrevo-me, por momentos, a sufragar esta melancolia que rumina outros lugares. Sei disso. Mas não me sai da cabeça um livro do Alberto Manguel e um outro do Sebald. E não faço por menos a desmama do Giacomo Casanova: “Creio que na sua maior parte os homens morrem sem nunca chegarem a pensar”,in, “História da minha fuga das prisões de Veneza”, edição Antígona, 2006 (tradução de José Miranda Justo). Não tenho dito.

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