Vivo em Babilónia, bem ao lado da guerra, há já algum tempo. É perto de Braga. Mas pouco. Eu diria o suficiente para não conhecer bem os vizinhos. Ainda agora se arrumaram dois ou três sob esta pequena colina onde escrevo, sem no entanto, revelarem os seus intentos, se os têm. Somos parcos em palavras. Eles, ou eu, não sei bem, ou cada um deles, observando-se alguns em pequenos grupos -como ainda agora, ou junto ao riacho infecto. Esses murmuram. Denunciam um ar preocupado como se algo os atordoasse permanentemente. Algo destrutivo. Ruim. Penso nisso enquanto escrevo.
Não me serve da nada, com as estrelas cadentes, as quais, lá fora, julgo, se denominam de bombas a retalho ou por grosso.
Aqui ao lado, mas de um ponto de vista superiorizado pela indiferença do meio, atribui-se a desvantagem de uns à marmita (tenebrosa) da religião de outros. Nunca foram ao cinema, estes, parece. Nem os outros. Não conhecem a matriz ideológica das marmitas nem o semblante vetusto dos chafarizes. Por isso, continuam a discutir eternamente o assunto no interlúdio da sopa, no final das refeições, com a marcação atempada de um lanche, não vá a fraqueza dar canteiros à flor da devassa.
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