setembro 21, 2018

O centro do mundo, ou isso, uma análise


A autora, Ana Cristina Leonardo, leu (ponho as minhas mãos no fogo, a sério), e gosta, de Vila-Matas (Vilamatinhas para os irmãos em universo), gosta, e leu, Sebald, a autora se, por um acaso, não leu ou não sabe, gosta de Blaise Cendrars (olha aí um rum Jean Galmot) que é o padrasto disto tudo, já para não falar de Marcel Schwob, nem que seja por intermédio de Borges, principalmente o Schwob de vidas imaginárias, arrisco, sob pena de esconjurar a minha reputação de crítico imberbe, ainda assim aposto umas fichas no Schwob, a autora pode não saber, poderá de facto não o saber, mas leu muitas coisas, isto anda tudo ligado por fios finíssimos, fios esses que são o veículo condutor da sua obra, fios que transportam suspensos uma quantidade de super-heróis desconhecidos, constituindo-se (deixem passar) numa malha nem sempre acessível ao mais distraído dos leitores com capacidade de retenção de líquidos visuais, entre outros, incapazes de distinguir a epopeia anónima de uma coincidência providencial. E depois há que procurar saber. Juntar as pontas, passar numa loja que tenha cerra-cabos à discrição. Vou beber uma cerveja e já continuo… a sério, isto é desgastante.

(to be continued - risinhos)

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