A autora, Ana Cristina Leonardo, leu (ponho as minhas mãos
no fogo, a sério), e gosta, de Vila-Matas (Vilamatinhas para os irmãos em
universo), gosta, e leu, Sebald, a autora se, por um acaso, não leu ou não
sabe, gosta de Blaise Cendrars (olha aí um rum Jean Galmot) que é o padrasto
disto tudo, já para não falar de Marcel Schwob, nem que seja por intermédio de
Borges, principalmente o Schwob de vidas imaginárias, arrisco, sob pena de
esconjurar a minha reputação de crítico imberbe, ainda assim aposto umas fichas
no Schwob, a autora pode não saber, poderá de facto não o saber, mas leu muitas
coisas, isto anda tudo ligado por fios finíssimos, fios esses que são o veículo
condutor da sua obra, fios que transportam suspensos uma quantidade de super-heróis
desconhecidos, constituindo-se (deixem passar) numa malha nem sempre acessível ao mais
distraído dos leitores com capacidade de retenção de líquidos visuais, entre
outros, incapazes de distinguir a epopeia anónima de uma coincidência
providencial. E depois há que procurar saber. Juntar as pontas, passar numa
loja que tenha cerra-cabos à discrição. Vou beber uma cerveja e já continuo… a
sério, isto é desgastante.
(to be continued - risinhos)
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