(foram-se os anéis, ficam os dedos)
Não tendo quaisquer ilusões
relativamente ao presente/futuro da república (com letra pequena), e não
reconhecendo qualquer autoridade (ou capacidades!) àqueles que nos pastoreiam, assegurando
a continuação do bom caminho do empobrecimento
pasteurizado, ainda assim, à imagem de Sá de Miranda, umas vezes espanto-me,
muitas, me envergonho. A postura (literalmente, é disso que se trata) daqueles
que (supostamente) representam a república, sobre a questão da enfatizada dívida grega é
merecedora da nossa vergonha, uma vergonha para usar à lapela. Anos atrás, numa
daquelas operações stop nocturnas de sopra prá multa, ao pararmos o carro junto
à berma, ouvimos uma voz vinda do interior de um dos carros da polícia: prenda esses, prenda esses, sr. guarda, que
estão mais bêbados do que eu! Aquela lenga- lenga, uma tentativa de bufaria
incriminatória, indiscriminada, já alegraria a noite há algum tempo, segundo
nos pareceu. É essa mesma voz rançosa que agora escutamos dentro desse carro
onde se passeiam as autoridades competentes (com a complacência mesquinha de grande parte do povo e da imprensa): prenda esses sr. guarda…prenda esses...
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