março 10, 2014

Todo o reincidente leva já em si o reabilitante?*


Não sei se repararam na interrogação ao lado do leão? Não? Na verdade não é visível, de todo. Atentemos então na do título. Um tipo sai de casa a meio da tarde de domingo, deixa um livro e alguns pensamentos daqueles alienígenas para trás, toma banho mais cedo (não necessariamente por esta ordem), encontra a malta e começa a sportingar, meio caminho andado para um pacemaker, isto sem contar com os apitos. Vai daí começa o jogo, na verdade uma cena embrulhada em papel de batatal, chuta daqui e dali, marcamos logo um golo prontamente invalidado pelo apito e percebemos que o que se passava ali tinha um argumento, daqueles rapetas, previsível, com todas as mesmices que se impõem a filmes de merda, mas ainda assim um argumento, cuja única ideia verdadeiramente apalavrada com o cérebro seria: a equipa das listas verdes e brancas horizontais, neste caso vestida de tapete da páscoa à paisana pendurado à janela, não pode ganhar o jogo, ok? Em caso destes não nos resta outra alternativa do que pedir uma cerveja embrulhada em cigarros. Foi o que fizemos. Quando até um Pravda ou outro lhes reconhece o talento, quer dizer que está tudo encaminhado, não? 

[*frase título sacada de um cena do Cortázar, sem interrogação, e brisa leonina].

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